O Estado de S. Paulo
O processo de desindustrialização no Brasil continua se agravando e o governo precisa tomar medidas no sentido de prover competitividade à indústria, disse na última segunda-feira (19) o presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Carlos Marchesan.
“A crise no setor de máquinas e equipamentos é grave. A queda do faturamento em relação a 2013 é de 50%. Nas últimas semanas tivemos várias reuniões com o governo e apresentamos nossos pleitos”, afirmou Marchesan, na abertura do 2º Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos.
Segundo ele, são necessárias medidas urgentes de proteção da indústria nacional. “O momento é adequado de se aprender com os erros do passado”, comentou.
Para se falar em retomada da economia, o presidente do Conselho da associação afirmou que os olhares estão para o ajuste fiscal, com foco no estabelecimento de um teto para as despesas públicas, equacionamento do déficit da previdências e modernização da relação entre o capital e o trabalho. “Apoiamos o esforço do governo e do congresso para aprovar as medidas necessárias. O ajuste das contas públicas é condição para a retomada do crescimento”, disse.
Marchesan conta que a Abimaq contratou uma pesquisa junto a Serasa, que mostrou que 75% das empresas do setor, de um universo de 7.500 companhias, tem algum tipo de pendências com o Fisco. “Defendemos que juntamente com o ajuste o governo traga medidas de política industrial, para o setor produtivo melhorar as margens e produção”, destacou. (O Estado de S. Paulo)