O Estado de S. Paulo/Reuters
A empresa de transporte urbano Uber lançou nesta quarta-feira, 14, na cidade norte-americana de Pittsburgh, um programa piloto com carros sem motorista. É a primeira vez que um serviço do tipo é oferecido nos Estados Unidos.
A companhia de tecnologia, avaliada em US$ 68 bilhões de dólares, planeja substituir muitos de seus 1,5 milhão de motoristas em todo o mundo por veículos autônomos nos próximos anos.
Entretanto, não é preciso apertar os cintos porque o piloto vai sumir: por enquanto, a frota autônoma do Uber na cidade terá quatro carros. Duas pessoas vão ficar no banco da frente dos veículos para assumirem o controle se for necessário, em caso de alguma pane no sistema.
A companhia está competindo em um campo já bastante disputado. Do Google à Baidu, Tesla e General Motors, companhias de tecnologia e montadoras de veículos estão correndo para desenvolverem planos de negócios para o segmento que, acredita-se, vai transformar a mobilidade pessoal ao redor do mundo.
“Vamos ver um mundo muito mais seguro e muito mais eficiente onde usaremos menos energia para movimentar as pessoas”, disse Andrew Moore, reitor da Escola de Ciência da Computação da Universidade Carnegie Mellon.
Porém, o especialista afirmou que é preciso mais uma década de pesquisa e desenvolvimento para que um número significativo de veículos autônomos ingressem nas ruas das cidades.
Em Pittsburgh, os carros que o Uber está utilizando para os testes são quatro Ford Fusion equipados com câmeras 3D, sistema de posicionamento por satélite e tecnologia que usa laser para identificar o formato e a distância de objetos.
Apesar da direção autônoma em estradas ser relativamente simples de se desenvolver – pesquisadores da Carnegie Mellon criaram uma minivan em 1995 que cruzou o país em modo autônomo em 98 por cento do tempo –, mas nas ruas das cidades, com pedestres, trânsito, buracos e obras, a questão é diferente.
“Desde meados dos anos de 1990 praticamente a maior parte desse campo tem se concentrado neste último passo”, disse Aaron Steinfeld, pesquisador do Instituto de Robótica da Carnegie Mellon. (O Estado de S. Paulo/Reuters)