O Estado de S. Paulo
O presidente da Volkswagen no País, David Powels, informou ontem, 13, que a montadora vai acelerar a produção para um ritmo mensal superior a 50 mil carros entre outubro e novembro para repor os estoques consumidos durante a paralisação nas fábricas do grupo.
Antes de desligar as máquinas por falta de peças, a terceira montadora em vendas no Brasil vinha produzindo uma média de 35 mil automóveis por mês em suas três fábricas. Em virtude da paralisação, anunciada após a Volks rescindir o contrato com um grupo de fornecedores com quem trava uma disputa comercial, Powels disse que a marca perdeu mercado porque ficou sem alguns modelos a oferecer aos consumidores. Segundo o executivo, a montadora está sem estoque suficiente para abastecer a rede de concessionárias, uma situação que pretende solucionar com o aumento na velocidade da produção nos próximos dois meses.
Depois de cerca de um mês em férias coletivas, as fábricas da Volkswagen voltarão gradualmente a produzir em uma ou duas semanas, adiantou o executivo sul-africano. Em Taubaté (SP) e em São José dos Pinhais (PR), assim como na unidade que produz motores em São Carlos (SP), os funcionários voltam ao trabalho na quinta feira. Já na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, o retorno do pessoal está marcado para a próxima terça-feira.
Após participar de fórum realizado na capital paulista pela revista Quatro Rodas, Powels informou que a montadora está resolvendo o problema no fornecimento de peças, com a substituição do grupo que teve o contrato encerrado por fornecedores nacionais. “Nós tivemos durante os últimos vinte meses muitos problemas com um grupo de fornecedores. Agora, estamos resolvendo. Não quero falar mais sobre esse assunto, mas foi um problema durante um longo período”, disse o executivo. (O Estado de S. Paulo/Eduardo Laguna)