GM fará recall global de 4,3 milhões de carros por falha em airbags

Reuters

 

A General Motors anunciou na última sexta-feira (9), nos EUA, que fará um megarrrecall de 4,3 milhões de veículos no mundo devido a um defeito de software capaz de impedir que os airbags sejam acionados durante um acidente.

 

Estão envolvidos no chamado diversos automóveis, SUVs e picapes dos anos-modelos 2014-2017. Entre eles estariam modelos como: Buick LaCrosse; Chevrolet Corvette, Silverado, Tahoe, Suburban e Silverado; e Cadillac Escalade. Nenhum deles é comercializado oficialmente no Brasil.

 

O problema estaria relacionado a pelo menos uma morte e três feridos no país. A montadora defende, contudo, que a falha só ocorreria “sob circunstâncias raras, quando um acidente é precedido por um evento específico que cause impacto em toda a dinâmica do veículo”.

 

Já um dos principais órgãos de segurança viária dos EUA, o NHTSA, divulgou em nota, também nesta sexta, que “certas condições de condução podem levar sensor e módulo de diagnóstico do software a entrar em modo de teste, o que impediria seu acionamento em uma eventual colisão”.

 

Para resolver a falha concessionários irão promover uma atualização no programa eletrônico.

 

Descoberta da falha

 

Em junho a GM recebeu a notificação de que os airbas frontais e cintos de segurança com pré-tensionadores de uma picape Chevrolet Silverado 2014 não teriam funcionado adequadamente em uma batida. Uma investigação foi aberta e levou à conclusão, em agosto, de que o recall seria necessário.

 

Dessa forma a fabricante tenta evitar o erro cometido no caso das ignições defeituosas, que se arrastou do final dos anos 90 até 2015, gerando prejuízos bilionários à companhia. Durante anos executivos e engenheiros do grupo tentaram omitir o defeito.

 

Este caso mais recente não está relacionado ao famoso imbróglio dos airbags da Takata, que forçaram a própria GM a convocar outros 2,5 milhões de veículos para reparo nos últimos anos. Embora o evento tenha provocado queda nas ações da empresa, a cúpula da montadora garante que o megarrecall, desta vez, não vai afetar seu balanço financeiro. (Reuters)