Blog Ponto de Ônibus
Ao tentar se justificar sobre a ausência no edital de licitação dos transportes de um cronograma para implantação de ônibus não poluentes na cidade de São Paulo e a respeito do não cumprimento da Lei de Mudanças Climáticas, o secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, alegou por várias vezes que administração não impôs exigências para os empresários porque a indústria não tinha condições de atender a demanda da frota da capital paulista.
A lei 14.933/09, chamada Lei de Mudanças Climáticas, determina que em 2018 nenhum ônibus da capital paulista dependa exclusivamente de óleo diesel para se movimentar.
No entanto, a troca da frota deveria ser gradativa desde 2009, com a substituição de ao menos 10% do total de ônibus da cidade por ano. Hoje menos de 4% dos ônibus são menos poluentes, o que inclui 395 veículos com mistura A10, ou seja, 10% de cana-de-açúcar ao óleo diesel, 201 trólebus e 60 ônibus a etanol.
Mas nesta quinta-feira, 1º de setembro, Jilmar Tatto tinha encontro com fabricantes de ônibus elétricos que iriam informar que a indústria nacional tem condições de cumprir um novo cronograma para que a cidade tenha uma frota significativa de veículos de transportes coletivos sobre pneus menos poluentes ou com emissão zero durante a operação.
O secretário deve participar da Conferência Latino-Americana de Veículos Elétricos, que ocorre junto com 12º Salão de Latino-Americano de Veículos Elétricos, no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, na capital paulista.
O Ministério Público de São Paulo entrou em contato com fabricantes, especialistas e profissionais de transportes para criar uma nova meta para a cidade de São Paulo com base na capacidade produtiva da indústria de ônibus pouco poluentes, o que inclui também veículos a gás natural e a etanol, por exemplo. O cronograma deve ficar pronto até o mês de outubro.
O evento terá quatro painéis e 13 palestras ministradas por especialistas do setor. (Blog Ponto de Ônibus)