O Estado de S. Paulo
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, afirmou que o mercado brasileiro de veículos novos deverá terminar o mês de agosto com resultado próximo ao registrado em julho, quando os emplacamentos somaram 181,4 mil unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. “Não vai ter nenhuma grande diferença no número total que tivemos no mês passado”.
Com isso, ele afirmou, as vendas acumuladas no ano devem ter contração de 23% em relação ao que foi registrado entre janeiro e agosto do ano passado. “O que continua na linha de uma convergência para uma queda de 19% no ano todo”, afirmou Megale, em referência à previsão da associação e lembrando que as quedas acumuladas estão ficando menores mês a mês.
O executivo, que disse no início da semana que os Jogos Olímpicos haviam freado a venda de veículos, afirmou ontem que, com o evento concluído, já é possível perceber uma melhora nos números. “O volume voltou ao patamar um pouco acima de 8 mil unidades por dia”, disse o presidente da Anfavea.
Aproximação
Megale teve encontro ontem em São Paulo com o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira. A reunião teve como principal objetivo o estreitamento das relações entre a entidade e a Pasta, afirmou Megale. “Foi mais uma reunião de aproximação”, afirmou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Segundo Megale, cada uma das câmaras setoriais da Anfavea (de automóveis, caminhões, ônibus e máquinas agrícolas) teve a oportunidade de mostrar ao ministro a situação de cada segmento, como as condições de mercado e produção. “Tivemos uma apresentação de conjuntura”, disse o presidente da associação.
Megale também disse que não chegou a discutir com o ministro do Planejamento questões que já estão sendo negociadas com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), como a elaboração de uma política industrial para substituir o Inovar Auto e a implementação de um programa de renovação de frota. “Apenas pontuamos essas questões”, contou. (O Estado de S. Paulo/André Ítalo Rocha)