Marchionne diz que vitória de Trump seria ruim para a FCA nos EUA

Carplace/Automotive News

 

Está cada vez mais claro que a eventual vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos não interessa pra muita gente. Nesta semana, Sergio Marchionne, CEO da Fiat Chrysler Automóveis disse que se o candidato republicado for eleito, a maneira como ele irá administrar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte pode afetar a produção da montadora na região.

 

“Isto mudaria as coisas, seria uma visão protecionista mais forte em torno dos interesses dos EUA em solo americano”, disse Marchionne disse à TV Bloomberg em Veneza durante o workshop anual do Conselho para os Estados Unidos e Itália, presidido por ele.

 

Formada em 2014, a Fiat Chrysler obtém mais de 80% dos seus lucros na América do Norte. A empresa, que também tem unidades no Canadá e no México, registrou 1,23 bilhão de euros (US$ 1,39 bilhões) de lucro ajustado antes de juros e impostos na América do Norte no primeiro trimestre.

 

“Se os esforços de globalização que têm sido levadas a cabo pelas multinacionais fica cortado ou reduzido, eu acho que teria implicações sobre a forma como gerimos o nosso negócio daqui para frente”, disse Marchionne, que cresceu no Canadá.

 

Trump ergueu um muro na fronteira com o México, uma pedra em sua política externa, dizendo que iria forçar seus vizinhos do sul a pagar o preço, barrando transferências de dinheiro. Ele também se comprometeu a renegociar ou encerrar o NAFTA, argumentando que o acordo tem sido um desastre para os EUA.

 

Marchionne também disse que uma decisão da Grã-Bretanha pela separação da União Europeia seria “um enorme risco” para a economia da região. O Reino Unido vota a questão no dia 23 de Junho. (Carplace/Automotive News)