UOL Carros
A GM não quis ficar parada enquanto a nova geração da Toyota Hilux e a reestilização da Ford Ranger elevavam sozinhas o padrão de visual, dirigibilidade e equipamentos do segmento de picapes médias.
Em maio a fabricante lançou o facelift da S10, dando a ela a nova cara global da Chevrolet e também oferecendo uma lista mais robusta de itens de série.
Resultado: o modelo ficou mais bonito, bem acabado, confortável e “na mão” do motorista, embora ainda mantenha velhas características (e defeitos) das picapes montadas sobre chassis de longarina.
Vantagens
A segunda avaliação feita pela equipe de UOL Carros, por mais de 1.000 quilômetros com a versão High Country, confirmou as impressões do lançamento.
O motor 2.0 turbodiesel de 200 cv e 51 kgfm é referência, sendo certamente o mais vigoroso do segmento. Ele faz bom par com a caixa de transmissão automática de seis marchas, embora esta deixe a desejar em relação à da Volkswagen Amarok.
Sensivelmente mais leve – não tanto quanto a da nova Ranger, mas muito melhor que a da Hilux -, a direção com assistência elétrica deixa o conjunto ágil em qualquer ambiente.
Por dentro, a sensação de refino melhorou muito, algo que a GM conseguiu simplesmente ao melhorar o nível de acabamento com enxertos em cromado, detalhes em preto brilhante, elementos sensíveis ao toque e novas texturizações (a estrutura do painel segue a mesma).
Assistentes como o de manutenção de faixa são bastante eficazes. Já o sensor anticolisão (que emite aleta sonoro e visual quando a S10 se aproxima perigosamente de um carro ou obstáculo à frente) opera de maneira um tanto intermitente, deixando por vezes a desejar.
Jeitão de… picape
Suspensões estão mais firmes que a das concorrentes, mas seguem molengas demais no asfalto, o que tira um pouco da sensação de “sedã” e nos faz lembrar que este veículo ainda é voltado ao fora-de-estrada.
O ruído a bordo também continua exagerado. Segundo a GM, o espaçamento entre peças, chapas externas, carroceira e detalhes internos foi retrabalhado para diminuir esta percepção. Melhorou, mas não a ponto de poder comparar o silêncio a bordo com o de um carro de passeio.
Com média sempre acima de 12 km/l numa rodovia de longas retas e velocidade de cruzeiro em 120 km/h, a S10 é capaz de alcançar cerca de 800 quilômetros de autonomia. Na cidade a média dificilmente vai passar dos 8 km/l. (UOL Carros/André Deliberato e Leonardo Felix)