Frota & Cia
A professora Lara Bartocci Liboni, da USP de Ribeirão Preto, participa da elaboração de um relatório sobre os biocombustíveis de segunda geração com mais quatro alunos de pós-graduação. O relatório é o “Second-Generation Biofuel Markets: State of Play, Trade and Developing Country Perspectives” da ONU.
Os pesquisadores foram os únicos representantes de uma instituição de ensino brasileira na pesquisa.
Sob o impacto dos compromissos ambientais assumidos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e do acordo firmado no Paris COP21, o relatório se concentra em como o mercado de biocombustíveis de segunda geração (2G) pode ser explorado e como tornar a tecnologia disponível em países em desenvolvimento.
Com um foco específico em etanol celulósico, um novo tipo de biocombustível produzido a partir de bagaço, madeira, grama ou de partes não comestíveis de plantas, o relatório oferece uma análise abrangente do setor de biocombustíveis de segunda geração.
Biocombustíveis de segunda geração no Brasil
De acordo com o relatório, o Brasil é o quarto país em capacidade instalada de produção de etanol de segunda geração, atrás apenas de Estados Unidos, China e Canadá. Hoje, a capacidade instalada brasileira é de 177,34 milhões de litros, o que representa 12% do total instalado no mundo.
Único país sul-americano a investir neste tipo de tecnologia, o Brasil tem capacidade para produzir 10 bilhões de litros de etanol 2G até 2025, desde que hajam investimentos na adaptação e construção de novas unidades industriais e um ambiente regulatório ajustado às circunstâncias e necessidades deste segmento.
No entanto, o Brasil não definiu metas de consumo de etanol de segunda geração, segundo apontamentos do relatório, mas tem introduzido incentivos para promover tanto a pesquisa e desenvolvimento quanto o início de produção.
“Participar de um projeto desses é importante não só pelo avanço na pesquisa, mas também pela oportunidade da troca de conhecimento”, afirma a professora. (Frota & Cia)