Facelift do Nissan Sentra – Apelo visual

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O Nissan Sentra parece experimentar o sucesso que nunca antes conquistou no mercado brasileiro. Em sua sétima geração – a terceira no Brasil –, o sedã foi se tornando, desde sua chegada em 2013, um dos principais modelos da categoria no país – perde apenas para os consolidados Honda Civic e Toyota Corolla, com 1.044 unidades por mês, em média, em 2015. E a coisa deve melhorar, pois o modelo já circula nos Estados Unidos com uma pequena reestilização e algumas atualizações. A expectativa é que o sedã renovado chegue ao Brasil no final do ano. E como brasileiro é “novidadeiro”, a mudança pode embalar as vendas.

 

Por fora, o Sentra recebeu leves mudanças na dianteira. Os faróis em led foram alongados e apresentam formato de um bumerangue, além de novas disposições das lanternas. A grade que envolve o emblema da marca agora segue formato linear em “V” com material cromado. Na traseira, o arranjo das luzes nas lanternas e detalhes luminosos no para-choque são as principais mudanças.

 

Dentro do habitáculo, o sedã médio da Nissan ganhou novos equipamentos. O volante foi trocado e o cluster recebeu novo desenho. No painel de instrumentos, a marca empregou um novo visor em LCD de melhor resolução. A central de entretenimento Nissan Connect é controlada por uma tela sensível ao toque, que mostra informações de áudio, navegação e consumo. Outros recursos são ar-condicionado de duas zonas, sistema de acesso sem chave, controle de cruzeiro e alerta de ponto cego.

 

O trem de força do Nissan Sentra não será alterado. O modelo deve permanecer com o 2,0 litros bicombustível de 140 cv de potência e 20 kgfm de torque a 4.800 giros. O powertrain é combinado a uma transmissão automática continuamente variável – CVT – nas versões de topo, ou manual de seis velocidades na versão de entrada “S”.

 

Primeiras impressões – Sem emoção

 

O renovado Nissan Sentra tem como principais atributos a eficiência de combustível, o espaço interior e a conectividade. No entanto, não se caracteriza como um veículo ágil, rápido ou divertido. Isso não significa que seja incapaz de se mover com certa desenvoltura, seja na cidade ou na estrada, mas definitivamente a velocidade não é uma de suas melhores virtudes.

 

A transmissão CVT é uma boa aliada quando se trata de um bom rendimento de combustível. Porém, em relação às respostas e sensações, o câmbio provoca um comportamento lento e uma transferência de ruído incômoda para dentro da cabine, ainda mais quando o motor gira acima das 4 mil rotações. A suspensão parece estar mais rígida em relação ao modelo anterior, mas isso não significa que o carro apresente comportamento mais esportivo. Apenas se sente mais firmeza, principalmente em velocidades mais altas ou em uma viagem na estrada. (Autocosmos.com/Auto Press/Rubén Hoyo e Victor Alves)