AutoIndústria
A Leapmotor, 15ª marca da Stellantis no mundo, não terá somente modelos elétricos no Brasil. Nesta quinta-feira, 30, Emanuele Cappellano, CEO da montadora, confirmou que, além de elétricos, pretende importar veículos com outras tecnologias.
Na China, a marca produz ainda veículos a gasolina e híbridos. Aqui, embora Cappellano tenha prometido detalhar a operação somente em meados deste semestre, é mais provável que ofereça os híbridos ao lado dos elétricos.
Modelos somente a combustão concorreriam em desvantagem com produtos fabricados no Mercosul por marcas bem mais conhecidas, inclusive do próprio grupo.
Durante entrevista coletiva com jornalistas especializados, Cappellano também procurou não antecipar um prazo para o início das vendas, inicialmente previstas pela montadora para o fim do ano passado no Brasil — a operação também cuidará das vendas para o Chile.
É certo, porém, que será ainda este ano, tanto que o executivo manifestou a vontade de ter a Leapmotor no próximo Salão do Automóvel de São Paulo, previsto para a última semana de novembro.
Leapmotor C10
No momento, a Stellantis está preocupada em constituir rede própria para a Leapmotor, processo iniciado no segundo semestre do ano passado com os primeiros contatos com concessionários interessados.
“Não quero ter pressa”, disse em novembro o executivo, sem também revelar quantas concessionárias e onde pretende nomeá-las.
Joint venture que tem a Stellantis com 51% do capital acionário, a Leapmotor Internacional foi criada em maio do ano passado para responder pelas vendas e produção dos modelos da marca chinesa exclusivamente nos mercados internacionais.
Inicialmente, o mercado brasileiro receberá o SUV médio C10, mas Cappellano confirmou também a importação utilitário esportivo B10, recém apresentado na Europa e que concorreria aqui, por exemplo, na faixa de mercado do Jeep Compass.
Junto com o compacto elétrico T03, que não deve vir para a América do Sul em um primeiro momento, C10 e B10 compõem a linha que será oferecida, além de países europeus, ainda em mercados da África, Ásia-Pacífico e do Oriente Médio. (AutoIndústria/George Guimarães)