AutoIndústria
Cinco meses após assinar memorando de entendimento com a General Motors para alavancar globalmente escalas produtivas e aproveitar pontos fortes, a Hyundai admitiu nesta quinta-feira, 23, em Seul, Coreia, que as tratativas avançaram para acordos vinculativos.
As empresas estariam dispostas a atuar conjuntamente em várias áreas, incluindo automóveis de passeio, veículos comerciais e na compra compartilhada de autopeças e componentes, informa a agência de notícias Reuters.
Já no documento assinado em setembro, admitiam a produção e o desenvolvimento conjuntos de veículos de passageiros e comerciais leves, motores de combustão interna, elétricos e a hidrogênio.
“GM e Hyundai têm pontos fortes complementares. Nosso objetivo é desbloquear a escala e a criatividade de ambas as empresas para entregar veículos ainda mais competitivos aos clientes de forma mais rápida e eficiente”, afirmou então Mary Barra, CEO da GM.
Nesta quinta-feira, a montadora coreana disse que pretende fornecer veículos elétricos comerciais para a parceira negociar nos Estados Unidos. “Estamos considerando renomear nossos veículos elétricos comerciais e fornecer a GM”, afirmou Lee Seung Jo, diretor financeiro da Hyundai.
A estratégia é abrir uma porta de entrada dos comerciais da marca no mercado estadunidense, o segundo maior do mundo, e defender os negócios da Hyundai em um cenário de incertezas políticas e econômicas gerado pelas ameaças do novo governo dos Estados Unidos de taxar importações.
“Esperamos mais incertezas nos negócios este ano do que nunca devido a possíveis mudanças políticas não apenas no mercado interno, mas também nos Estados Unidos, enquanto haverá regras de emissões mais rígidas na Europa”, ponderou Lee.
Por conta disso, a montadora também estuda aumentar a localização de sua produção nos Estados Unidos e fabricar híbridos em sua planta no estado da Geórgia.
Com previsão de crescimento da receita menor, da ordem de 3% a 4% e de vender 4,17 milhões de veículos, a Hyundai espera desaceleração dos principais mercados mundiais em 2025, com particular queda da demanda por veículos eléctricos.
No ano passado, a empresa vendeu 4,1 milhões de veículos em todo o mundo, queda de 1,8% em relação a 2023. Pouco mais de 757 mil eletrificados — desses, 218,5 mil elétricos e 497 mil híbridos. (AutoIndústria)