Frota & Cia
As empresas filiadas à Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) terminaram 2024 com números positivos. No acumulado do ano, somou-se 104.729 unidades, juntando importados mais unidades produzidas por aqui. A marca é 141% maior do que a registrada em 2023.
Esse total representou 4,2% de marketshare do mercado interno brasileiro. “Trata-se de um porcentual muito salutar aos consumidores e ao setor automotivo brasileiro porque a presença de veículos importados, com suas tecnologias up-to-date, beneficia os compradores e incentivam os fabricantes locais no processo de atualização de seus produtos”, argumenta Marcelo Godoy, presidente da Abeifa.
Veículos eletrificados
Destaque especial novamente para os dados de emplacamento de veículos eletrificados no período de janeiro a dezembro: os 94.930 veículos eletrificados representam 53,2% do mercado total de 178.430 unidades emplacadas.
Em dezembro último, com 12.479 unidades licenciadas (importados + produção nacional), a participação das associadas à Abeifa foi de 5,1% do mercado total de autos e comerciais leves (243.690 unidades).
“Por conta desse cenário, o futuro próximo do setor de importação veicular ainda está incerto. Mas arrisco a dizer que podemos prever um crescimento de 5% em 2025, com base no aumento expressivo de novos produtos, recheados de novas tecnologias. De qualquer maneira, registro aqui o nosso desagravo em relação às medidas alfandegárias e suspensão de incentivos de impostos municipais de veículos importados eletrificados, já que estes são os primeiros a contribuir com o processo de descarbonização do setor automotivo brasileiro”, declara Godoy.
Dois pesos e duas medidas
Segundo o discutido durante o encontro da Abeifa com a imprensa na manhã de 21 de janeiro, a entidade deverá procurar viabilizar a participação das marcas que desejarem participar do Salão do Automóvel 2025. Godoy, após pedido público de José Luiz Gandini, presidente da Kia Brasil, prometeu assumir as negociações em benefício de seus associados.
“Ontem (20 de janeiro), eu conversei com o pessoal da RX, responsável pela organização do evento. Eu, como representante da Kia, gostaria muito de participar do Salão do Automóvel. Mas, eles inviabilizaram. O espaço é menor e podemos expor somente quatro carros, além dos custos que são mais elevados do que os comercializados para as marcas associadas à Anfavea. É um pacote injusto e que precisamos buscar um pé de igualdade junto com a organização do evento”, revela Gandini. (Frota & Cia/Victor Fagarassi e Gustavo Queiroz)