Em 2024, picapes têm desempenho melhor do que os carros

AutoIndústria

 

Os indicadores positivos na economia e a melhoria na oferta de crédito foram decisivos para o desempenho positivo do mercado de veículos leves no ano passado, com expansão média de 14%. Os modelos comerciais, contudo, se destacaram nesse contexto, com altas maiores do que a dos automóveis.

 

A venda de carros cresceu 13,2%, para 1.948.136 de unidades, enquanto a de picapes e furgões totalizou 536.604 unidades, evolução de 17% sobre as 458.498 do segmento emplacadas em 2023.

 

O destaque entre todos os leves são as picapes, com expansão de 18%, de 403.382 para 477.943 unidades. No caso dos furgões, o crescimento é de 12%, de 54.974 para 61.516 unidades, conforme dados divulgados pela Fenabrave na semana passada.

 

A Fiat é líder inconteste no mercado de picapes, com a Strada liderando entre as pequenas e a a Toro entre as médias e grandes. Ambas expandiram vendas no ano passado, mas a de porte menor é efetivamente um fenômeno desde que a marca italiana lançou sua atual geração.

 

Foram emplacadas 144.678 Strada no ano passado, 20% a mais do que em 2023 (120.250). Vale lembrar que a picape da Fiat foi o veículo leve mais vendido no País, superando o VW Polo, segundo colocado. Sua única concorrente, a VW Saveiro, licenciou 56.985 unidades (46.595).

 

A Volkswagen diz que sua picape tem fila de espera e promete ampliar volumes este ano com mudanças nas linhas da fábrica da Anchieta, no ABC paulista.

 

No subsegmento das médias e grandes, a concorrência é bem maior, tanto é que a Toro evoluiu apenas 5% em emplacamentos, que no comparativo anual passou de 51.303 para 53.856. Nesse caso, o fenômeno é a Ford Ranger, cujas vendas saltaram 56%, de 20.352 para 31.800.

 

O modelo importado da Argentina pela marca estadunidense passou do quinto para o terceiro lugar, desbancando duas picapes da Chevrolet – Montana e S10. A vice-líder entre as picapes é a Toyota Hilux, também importada do país vizinho, que teve 50.019 licenciamentos em 2024, expansão de 8,2%. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)