AutoIndústria
A Volkswagen repetiu em 2024 a liderança em utilitários esportivos alcançada pela primeira vez no ano anterior. Com 160,4 mil licenciamentos de seus quatro modelos, respondeu por 17,1% do segmento que representa quase a metade dos licenciamentos de automóveis e comerciais leves no Brasil.
As vendas de SUVs chegaram a 939,2 mil unidades, expressivo crescimento de 20% diante do resultado de 2023. A Volkswagen, que ainda comemorou o T-Cross como modelo mais vendido novamente, teve variação positiva menor, 14%, mas mesmo assim ampliou a vantagem para a segunda colocada Jeep, que viu seus licenciamentos recuarem quase 5%, para 120,7 mil.
Os números de 2024 comprovam que a marca estadunidense, líder de utilitários esportivos entre 2016 e 2022, está carente de novidades em sua linha de produtos, muito mais do que os bons ganhos técnicos e de conteúdo promovidos nos últimos dois anos. Mas um novo modelo de entrada nacional, o Avenger, deve chegar às ruas somente em 2026.
Até lá, com a crescente oferta de produtos da concorrência, a Jeep corre o risco de perder ainda mais participação. A marca fechou o ano passado com 6,2% do mercado de automóveis de passeio. É a menor fatia desde 2019, quando ainda dispunha, além de importados, somente dos brasileiros Renegade e Compass — o Commander foi lançado dois anos depois.
O declínio tem sido acentuado. A maior participação da Jeep. 9,5%, foi alcançada somente três anos antes. As 148,7 mil unidades negociadas naquele ano são ainda recorde e garantiram então a quinta colocação no ranking de marcas, também a melhor da história.
Dentro do segmento de SUVs, 2024 viu a Fiat sustentar a terceira colocação com participação de 9,3% e 87,3 mil licenciamentos somados de Fastback e Pulse, seguida pela Chevrolet, que acumulou 74,7 mil unidades, equivalentes a 8%, e que levou ligeira vantagem para a Hyundai, que registrou 69,1 mil emplacamentos (7,4%) do renovado Creta. (AutoIndústria/George Guimarães)