Motor 1
A BYD convidou a imprensa para conferir o andamento da obra em sua fábrica de Camaçari (BA), confirmando o início das atividades para o começo do ano que vem. Os primeiros modelos a serem feitos por lá em regime SKD (o carro chega parcialmente montado ao Brasil) serão o elétrico Dolphin Mini e o SUV híbrido plug-in Song Pro.
Mas não foi a única novidade confirmada pela BYD. A marca de origem chinesa reforçou que trabalha num propulsor a combustão atualizado que será capaz de rodar com etanol também. Em outras palavras, está trabalhando em um flex. Em comunicado, a marca diz que “além de aproveitar o potencial do etanol, o motor flex da BYD também melhora a eficiência do veículo, reduzindo a diferença de rendimento em relação à gasolina (…)”. O projeto teria contado com a colaboração de mais de 100 engenheiros chineses e brasileiros.
Sabendo quais serão os primeiros modelos nacionais da BYD, não surpreende a confirmação de que o Song Pro será o primeiro híbrido flex nacional da empresa. E o primeiro propulsor da chinesa capaz de rodar com etanol deverá o mesmo 1.5 aspirado usado hoje no SUV, no Song Plus e também no sedã King. A marca ainda não falou em dados de desempenho e eficiência, mas as diferenças entre o puramente a gasolina e o flex devem ser pequenas. No entanto, a fabricante ainda não tem uma data para estrear a tecnologia.
Lançado em julho, o BYD Song Pro tem 4.738 mm de comprimento, pouco maior que o 4.705 mm do Song Plus, só que menor nas demais medidas: 1.860 mm de largura, 2.712 mm de entre-eixos e, na altura, os 1.710 mm também são pouco menores que do Song Plus. No porta-malas, cabem 520 litros, contra 574 do Plus. Ele é oferecido nas versões GL (R$ 189.800) e GS (R$ 199.800).
O BYD Song Pro é mais um da marca com o sistema DM-i. Ou seja, temos o motor 1.5 aspirado rodando apenas com gasolina, sem injeção direta, com 98 cv e 12,4 kgfm, que trabalha quase como um gerador de energia para as baterias alimentarem o motor elétrico, este sim com 197 cv e 30,6 kgfm. A potência combinada é de 223 cv no Song Pro GL e 235 cv no GS. Segundo a BYD, a diferença é pela disponibilidade maior de bateria na versão mais cara.
Já que entramos nesse ponto, o Song Pro GL tem a bateria com 12,9 kWh, enquanto o GS tem 18,3 kWh – pela homologação NEDC, são 71 e 110 km de autonomia elétrica, respectivamente. Ambos são recarregados em AC com até 6,6 kW e possuem a função de V2L, onde um cabo (de série) permite ligar aparelhos 220V para alimentação de até 5 horas sem ligar o motor a combustão, que aumenta esse tempo. (Motor 1/Thiago Moreno)