Jornal do Carro
Lançado em 2020, o Nivus chega à linha 2025 com atualizações no visual e mais equipamentos. O SUV compacto da Volkswagen manteve o conjunto formado pelo motor 1.0 flexível de três cilindros, com turbo, que gera até 128 cv de potência e 20,4 mkgf de torque, bem como o câmbio automático de seis velocidades. Os preços partem de R$ 136.990, para a versão de entrada, Comfortline, e de R$ 153.990 para a Highline, de topo, como a avaliada pelo Jornal do Carro.
Além da faixa de LEDs que interliga os faróis, identidade presente em outros carros da marca, o Nivus traz novo parachoque dianteiro com abertura na parte inferior e entradas de ar nas laterais que, segundo a VW, contribuem com a aerodinâmica. Não há faróis de neblina, mas os fachos dos principais, com luzes de LEDs, são mais eficientes. A grade está mais fina e discreta.
Atrás, uma faixa de LEDs une as lanternas e o difusor no para-choque foi redesenhado.
Os ângulos de entrada e saída melhoraram levemente e o comprimento cresceu 6 mm (4 mm na frente e 2 mm atrás). As rodas têm desenho exclusivo e há dois novos tons de azul no catálogo de cores.
Mais econômico
De acordo com a marca, com essas alterações e os pequenos ajustes para atender as novas regras de controle de emissões, a velocidade máxima subiu de 188 km/h para 192 km/h. O consumo também melhorou em cerca de 0,7 km por litro na estrada. Em viagens longas, é uma diferença e tanto.
Conforme dados do Inmetro, o Nivus 2025 pode rodar 8,6 km na cidade e 10,3 km na estrada com um litro de etanol. Com gasolina, são 12,4 km e 14,8 km/l, respectivamente.
Aliás, a VW informa que, em conjunto com uma nova tecnologia que melhora o tratamento do vapor de combustível, foi possível reduzir o tamanho do tanque de 52 litros para 49 l. A autonomia é de até 725 km, conforme dados da fabricante.
O Nivus 2025 traz ampla lista de equipamentos. Todas as versões têm ar-condicionado digital e abertura e fechamento das portas sem uso de chave, além de partida do motor por botão. A Highline pode ter pacote de assistentes de condução semiautônoma por mais R$ 4.470. Há leitura de faixa com correção do volante, detector de ponto cego, alerta de tráfego cruzado atrás e assistente de estacionamento.
A central multimídia VW Play adiciona sobrenome Connect, tem novo visual e mais 20 funções, como localização em tempo real, modo manobrista e agendamento de serviços, por exemplo. São 15 serviços gratuitos no primeiro ano – depois disso, quem quiser mantê-los pode pagar a assinatura de R$ 24,90 por mês.
Na linha 2025, o Nivus continua sendo um carro bem acertado e gostoso de guiar. A suspensão tem ajuste adequado e o casamento do motor 1.0 TSI e o câmbio de seis marchas é muito bom. Na prática, o SUV compacto tem um dos melhores conjuntos mecânicos de sua categoria e oferece prazer ao volante e bom pós-venda.
Os novos recursos de segurança atuam de forma adequada e contribuem com a condução, especialmente o assistente de manutenção de faixa de rolagem. A intervenção é até mais ativa do que a de carros de categorias superiores.
Concorrência dura
Durante o test-drive, em um trecho de estrada muito utilizado por ciclistas, isso ficou bem evidente. Ao virar levemente o volante para desviar de uma bicicleta em um trecho sem acostamento, o Nivus invadiu a faixa da pista contrária. Com isso, o dispositivo puxou forte o volante e praticamente jogou o carro de volta contra o ciclista.
Os novos recursos eletrônicos elevam o patamar do VW, mas têm seu preço – e esse é justamente o problema. Ao acrescentar o pacote ADAS, a tabela do Nivus Highline sobe para R$ 158.460. Com isso, o VW fica mais caro do que rivais como Renault Kardian e Fiat Fastback, por exemplo.
Além disso, há o pacote Outfit, que inclui rodas escurecidas e acabamento diferenciado por R$ 2.160 e faz o Nivus passar dos R$ 160 mil. Com isso, o VW se aproxima de SUVs maiores, como Jeep Compass e Caoa Chery Tiggo 7 Pro. (Jornal do Carro/Thais Villaça)