AutoIndústria
A Stellantis segue mantendo segredo sobre qual será seu primeiro veículo eletrificado fabricado no Brasil. Nem mesmo qual marca e fábrica entrarão para a história do grupo por produzir um híbrido no País. Certo apenas é que a tecnologia chegará às ruas ainda este ano.
As dúvidas, porém, persistem apenas nos pronunciamentos dos executivos e em notas oficiais. Na fábrica de Betim, MG, os Fiat Pulse e Fastback híbridos já são bem conhecidos, segundo o Auto Segredos, site especializado em antecipar lançamentos de veículos.
Os SUVs já são vistos até mesmo em testes nos arredores da maior planta do grupo no País, principal base produtiva também de motores para as marcas Fiat, Citroën e Peugeot, nacionais ou montados na Argentina.
O primeiro sistema elétrico da Stellantis será de 12 volts, ou seja, a montadora iniciará a eletrificação da produção com híbridos leves.
Deve ser adotado primeiramente nas versões superiores dos dois utilitários esportivos compactos que, juntos, já têm mais de 57 mil unidades negociadas nos primeiros oito meses de 2024.
A oferta de híbridos leves é apenas parte do projeto batizado pela montadora do Projeto Bio-Hybrid e que contempla três plataformas destinadas a veículos híbridos flex e uma quarta, para carros movidos a integralmente a bateria, que chegará bem mais para frente, até o fim desta década.
“Não vamos montar kits vindos da Ásia. Estamos desenvolvendo fornecedores locais para ter alto nível de nacionalização em todos os nossos eletrificados”, enfatizou à época Antonio Filosa, então CEO da Stellantis na América Latina.
Os modelos do Projeto Bio-Hybrid, calcula a montadora, responderão por cerca de 60% da produção brasileira da empresa rem 2030 e perto de 20% somente de modelos totalmente elétricos.
A plataforma Bio-Hybrid, mais acessível, tem motor elétrico que substitui o alternador e o motor de partida. O dispositivo fornece energia mecânica e elétrica, que tanto gera torque adicional para o motor térmico quanto energia elétrica para carregar a bateria adicional de de 12 Volts. O sistema gera até 3KW.
Já a tecnologia Bio-Hybrid e-DCT conta com dois motores elétricos. O primeiro substitui o alternador e o motor de partida, enquanto o segundo, de maiores proporções, é acoplado à transmissão. Uma bateria de Lítio-Íon de 48 Volts dará suporte ao sistema e também será alimentada pelos dispositivos. Uma gestão eletrônica controlará a operação entre os modos térmico, elétrico ou híbrido.
Já a plataforma Bio-Hybrid Plug-in é equipada com bateria de Lítio-Íon de 380 Volts recarregável por meio de sistema de regeneração nas desacelerações, alimentada pelo motor térmico do veículo ou por meio de fonte de alimentação externa elétrica (plug-in). Ela conta ainda com motor elétrico que entrega potência diretamente para as rodas do carro. O sistema também gerencia a operação entre modo térmico, elétrico ou híbrido.
Por fim, a arquitetura BEV (100% elétrica) é totalmente impulsionada por um motor elétrico de alta tensão alimentado por bateria de 400 Voltsd recarregável por meio de sistema de regeneração ou plug-in. (AutoIndústria/George Guimarães)