Estudo da Iveco mostra que o biometano pode reduzir em 96% as emissões

Transporte Moderno

 

A Iveco, em parceria com o Instituto de Poluição Atmosférica do Conselho Nacional de Pesquisa Italiano (CNR), conduziu um estudo para avaliar os impactos ambientais do uso de biometano comprimido derivado de resíduos sólidos urbanos. O objetivo foi comparar este combustível alternativo com os tradicionais diesel e gás natural comprimido (GNC), utilizados em veículos de coleta de resíduos em áreas urbanas.

 

O cenário escolhido para a análise foi o mercado italiano, conhecido por sua ampla distribuição de postos de abastecimento de GNC, reflexo do elevado número de veículos movidos a metano no país — um dos mais altos da Europa.

 

A análise foi conduzida no formato Well-to-Wheels (do Poço à Roda), que considera os impactos desde a produção até o uso do combustível, excluindo a construção e manutenção de plantas industriais e infraestrutura, focando exclusivamente nos combustíveis.

 

Redução de até 96% das emissões

 

Os resultados do estudo destacaram o potencial do biometano comprimido em descarbonizar o setor de transportes e reduzir a poluição atmosférica em áreas urbanas. De acordo com os dados, o uso de biometano pode reduzir em até 96% as emissões de gases de efeito estufa em comparação com o diesel e diminuir em até 72% as emissões de óxidos de nitrogênio. Essas reduções são significativas para o cumprimento das metas de neutralidade carbônica estabelecidas na Europa.

 

Os melhores resultados foram obtidos quando todas as etapas da cadeia produtiva do biometano — desde o gerenciamento dos resíduos orgânicos até a digestão anaeróbia, beneficiamento, captura de CO2, compressão do biometano e reabastecimento dos veículos — ocorreram no mesmo local, utilizando energia produzida pela combustão do biogás gerado no próprio processo. (Transporte Moderno)