Consórcio de veículos dá sinais de desaceleração

AutoIndústria

 

Após um longo período de crescimento, o sistema de consórcio de veículos começa a desacelerar. No primeiro trimestre do ano, houve quedas de, respectivamente, 19,7% e 6% na venda de novas cotas de caminhões e motocicletas, enquanto o segmento de leves praticamente ficou estável, com pequena alta de 1,3%.

 

Acompanhando esse movimento, o volume de créditos comercializados caiu 5,4% no caso dos pesados, de R$ 10,87 bilhões para R$ 10,28 bilhões no comparativo interanual, e ficou estável nas motos, na faixa de R$ 5,7 bilhões no trimestre.

 

Já a categoria de carros e comerciais leves teve alta de 10,4% em créditos comercializados, de R$ 22,7 bilhões para R$ 25,1 bilhões. Como o segmento de leves é o de maior volume, na média do consórcio de veículos ainda há números positivos.

 

Os negócios somaram R$ 41 bilhões no trimestre, avanço de 4,7%. As contemplações cresceram 10%, com os correspondentes créditos disponibilizados anotando alta de 26,9%.

 

Mas também há queda na venda de novas cotas no balanço geral do consórcio de veículos, conforme números divulgados esta semana pela Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio. O recuo foi de 3,6%, de 789,6 mil adesões no primeiro trimestre de 2023 para 761,2 mil no mesmo período deste ano.

 

Com relação aos tíquetes médios, o maior crescimento, que reflete o aumento de preços do segmento, é na categoria de veículos pesados. A alta foi de expressivos 46,8% em um ano, saltando de R$ 152,7 mil para R$ 224,21 mil.

 

No caso dos veículos leves, houve expansão de 8,9% no tíquete médio, de R$ 59,7 mil para R$ 65 mil. Nas motos, o crescimento foi de 7,6%, de R$ 17,8 mil para R$ 19,2 mil. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)