AutoIndústria
Apenas três dias depois de lançar o Compass com preços reduzidos, mais e melhores sistemas de auxílio à condução e versões topo com o potente motor Hurricane, a Jeep repete rigorosamente a mesma receita para o Commander. Sem mudanças estéticas relevantes, a linha 2025 do maior SUV nacional da marca já está no mercado com essas e outras novidades.
Agora são sete versões, as duas mais caras e sofisticadas, chamadas de Overland Hurricane 4×4 e Blackhawk Hurricane 4×4, também dotadas do motor de 2 litros turbo de 272 cavalos de potência importado da Itália, agradarão quem busca, mesmo em um veículo de avantajado porte como o Commander, desempenho e respostas vigorosas ao acelerador. A aceleração de 0 100 km/h, por exemplo, é de somente 7 segundos.
Mas, tanto quanto as duas versões topo, a Jeep surpreende o mercado com a apresentação de uma opção de entrada para somente cinco ocupantes. É a primeira vez, depois de quase três anos e de mais de 50 mil unidades produzidas em Goiana, PE, que o modelo conta com uma alternativa à original configuração de sete lugares.
Até mais do que o menor número de ocupantes, a Longitude T270 5 lugares chama atenção pela sobreposição de preços com opções intermediárias do irmão menor de marca. Oferecida por R$ 217,3 mil, custa praticamente o mesmo que o Compass Limited T270 (R$ 217 mil), e R$ 24,3 mil a menos do que a até então versão mais barata T270 de sete lugares.
Hugo Domingues, vice-presidente da Jeep para a América do Sul, não identifica qualquer problema nessa similaridade dos preços. Para o executivo, há distintos públicos para os dois modelos:
“Optamos por ampliar a cobertura de mercado do Commander e oferecer um porta-malas ainda maior para quem não precisa de sete lugares e não dispunha dessa alternativa. Posso dizer que o Commander é a melhor e mais balanceada opção em seu segmento”.
De fato, se fosse temer pela proximidade dos preços entre dois de seus principais produtos, a Jeep não teria promovido uma sensível redução dos valores pedidos para toda a linha 2025 do Commander e que, mais uma vez, repete o que já tinha feito com o Compass 2025 com vistas a barrar o forte assédio de novos concorrentes no segmento.
A queda é significativa em todas as versões. A menor, de R$ 15,6 mil, recaiu sobre a Longitude T270 com opcional de 7 lugares, que agora custa R$ 226 mil. O maior recuo foi de R$ 40,7 mil, praticado para a Overland TD380 4×4, que sai por R$ 298,3 mil. É diferença levada em conta até mesmo para o perfil de consumidor dessa faixa de mercado.
Cinco anos de garantia em toda a linha Jeep
Outro importante benefício adotado no Compass está sendo replicado no modelo nacional mais sofisticado da Jeep e também no irmão menor Renegade, ambos igualmente fabricados em Goiana: agora são 5 anos de garantia de fábrica para os veículos 0km e retroativos para as unidades fabricadas como linha 2022 em diante.
Só mais essa informação já seria um bom motivo para o consumidor incluir o Commander como alternativa forte de compra dentro do segmento, mas a Jeep criou ainda mais alguns atrativos.
Todas as versões têm à disposição, de série, painel de instrumentos de 10,25”, som Harmann Kardon, assentos frontais com ajuste elétrico, porta-malas com acionamento hands-free, central multimídia de 10,1”, comutação automática do farol, detector de fadiga, reconhecimento de placas e tráfego cruzado traseiro, dentre outros recursos.
A segurança foi reforçada ainda com a adoção de tecnologias de condução semiautônoma nível 2. O motorista pode se valer agora, por exemplo, de sistema ADA, Assistente Ativo de Direção, que mantém o carro no centro de sua faixa de rolagem atuando em paralelo com o piloto automático adaptativo.
Essa combinação permite que o veículo faça curvas de forma autônoma em vias sinalizadas enquanto mantém a velocidade pré-definida. (AutoIndústria/George Guimarães)