Produção de ônibus no Brasil tem elevado crescimento no primeiro trimestre de 2024: 61,6 %, aponta Anfavea

Diário do Transporte

 

A produção de chassis de ônibus ou coletivos já montados no Brasil registrou alta expressiva de 61,6% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao primeiro trimestre de 2023, revelou nesta segunda-feira, 08 de abril de 2024, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

 

Entre janeiro e março de 2024, saíram das linhas de produção das montadoras, 6.490 ônibus. Em semelhante período do ano passado, foram 4.105 unidades.

 

Em relação a licenciamentos, o primeiro trimestre de 2024 somou 4.103 ônibus emplacados e, no primeiro trimestre de 2023, foram 6.219 emplacamentos.

 

O resultado significa queda de 34%.

 

No caso dos licenciamentos, há ainda os reflexos da transição das tecnologias de restrição de poluição Euro 5, que era até 30% mais barata, para Euro 6, que se tornou obrigatória em janeiro de 2023 para ônibus e caminhões a diesel zero quilômetro.

 

Os empresários que puderam anteciparam para 2022 as renovações previstas para 2023.

 

O tempo entre a encomenda de um ônibus, fabricação de chassi e fabricação de carroceria é entre três meses e seis meses, dependendo do modelo do veículo.

 

Por isso este descompasso que é natural entre licenciamento e produção.

 

Parte desta grande alta da produção vai aparecer nos licenciamentos daqui a alguns meses. Parte porque a produção engloba os números de exportações que, logicamente, não entram nos licenciamentos para o mercado nacional.

 

Em relação às exportações, no primeiro trimestre do ano passado, a indústria brasileira embarcou 808 ônibus e, entre janeiro e março deste ano, foram 874 unidades, alta de 8,2% na comparação entre os dois períodos.

 

Marcas

 

Sobre as marcas, levando em consideração os números dos licenciamentos, a Anfavea mostrou que Mercedes-Benz, Volkswagen e Agrale (incluindo os miniônibus Volare, da Marcopolo) continuam no topo.

 

Veja a relação completa e o volume de cada fabricante brasileira no primeiro trimestre de 2024:

 

1º) Mercedes-Benz: 2.193 unidades, queda de 21,5%

2º) Volkswagen: 874 unidades, queda de 54%

3º) Agrale (incluindo os miniônibus Volare): 690 unidades, queda de 35,9%

4º) Iveco: 144 unidades, alta de 61,8%

5º) Scania: 106 unidades, alta de 79,7%

6º) Volvo: 93 unidades, queda de 65,7%

7º) Marcas não associadas: 03 unidades, queda de 90,3%

(Diário do Transporte/Adamo Bazani)