A Gazeta
A capixaba 2Solve Engenharia e Tecnologia, fundada em 2011, em Vitória, nasceu tendo como principal negócio a prestação de serviços de calibração para a indústria. Treze anos depois, inovação e desenvolvimento de tecnologia puxam, e com força, o crescimento da empresa. Em 2021, as receitas eram de R$ 2,2 milhões, no ano passado, fechou em pouco acima de R$ 7 milhões. A previsão, para 2024, é superar os R$ 15 milhões. O valor agregado ao negócios pelas novas entregas empurram os bons resultados.
Olhando para isso, os sócios da 2Solve estão investindo pesado em soluções industriais com internet das coisas (IoT) embarcada, o que permite grande troca, análise e aprendizado (dos homens e da máquina) com os dados. Os resultados são promissores. Uma telemetria, sensor que capta e analisa informações em tempo real, está em fase final de desenvolvimento e já atrai a atenção das montadoras.
“Estamos em negociação com algumas das grandes montadoras de caminhões do mundo. A nossa ferramenta mede a integridade do veículo. Com mais integridade, é possível ter mais segurança e, consequentemente, produtividade. Este conjunto enorme de informações analisadas abre a possibilidade de que a capacidade dos veículos seja ampliada. Imagine o que é um aumento de 5% em uma frota de grande porte? A proposta é justamente esta, claro, analisando caso a caso”, explicou Ricardo Calheiros, CEO da 2Solve.
Calheiros, que é o fundador da empresa, afirma que o cenário pode ser ainda melhor. “O equipamento não é apenas para transporte de carga, serve para siderurgia, petróleo, mineração, alimentos, agro e outros setores. A ideia não é vender máquina, mas dar informações aos clientes, é uma prestação de serviço, o campo de expansão é enorme”.
A 2Solve opera no azul (com distribuição de dividendos) há alguns anos e não precisa de recursos para tocar os seus investimentos. O empresário Luiz Wagner Chieppe fez um aporte na empresa e hoje é dono de 25% do negócio. “A 2Solve é uma empresa de tecnologia que tem caixa e gera caixa para continuar crescendo. Vi aqui um bom negócio, é tipo de coisa que eu acredito, que me mantém ativo”, destacou Chieppe. (A Gazeta/Abdo Filho)