AutoIndústria
Há bom tempo a Volvo Cars se impôs o desafio de produzir e vender somente carros movidos exclusivamente a eletricidade até 2030 e se tornar uma empresa neutra em emissões de CO2 no máximo dez anos depois. No ano passado, como prova desse encaminhamento rumo à eletrificação total, a montadora de origem sueca anunciou que encerraria a produção de todos os seus veículos movidos a diesel até ao início de 2024.
Pois a promessa acaba de ser cumprida. O último automóvel a diesel da história da marca saiu da linha de montagem de Gotemburgo Suécia, na noite desta terça-feira, 26, depois de 45 anos. O histórico veículo é um Volvo XC90 pintado de azul e equipado com motor 2.0 turbo de quatro cilindros.
Contudo, o fim dos motores diesel não encerra a produção de veículos Volvo a combustão, o que deverá acontecer mais para frente, antes, claro, de 2030, quando também a empresa abandonará propulsores a gasolina.
De qualquer maneira, trata-se de um momento histórico e representativo do rápido processo de eletrificação da produção da Volvo, que desde 2010 pertence à chinesa Geely, e também do mercado europeu, apesar de todas as dificuldades de infraestrutura de carregamento e preços elevados dos veículos elétricos.
Há apenas cinco anos, a maioria dos automóveis da Volvo vendidos na Europa contava com motores diesel e modelos topo de linha, como o XC90, eram quase que exclusivamente movidos pela queima desse combustível. Em 2023, porém, os carros a diesel responderam por menos de 14% das vendas na região, enquanto os elétricos chegaram a quase 15%, segundo a Acea, a associação das montadoras locais.
“Os motores elétricos são o nosso futuro e são superiores aos motores de combustão: geram menos ruído, menos vibração, menos custos de manutenção para os nossos clientes e zero emissões de escape”, afirmou Jim Rowan, CEO da Volvo Cars, que foi enfático ao dizer que a empresa não gastará mais nenhum centavo do orçamento de pesquisa e desenvolvimento com motores de combustão interna. (AutoIndústria)