Mover deve gerar 300 mil empregos na cadeia automotiva

AutoIndústria

 

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC divulgou nesta última quarta-feira, 27, informações sobre postos de trabalho reveladas por Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, durante reunião em Brasília, na véspera, quando foi assinada a portaria que permite que empresas do setor automotivo se habilitem ao programa Mover.

 

Em seu site, a entidade sindical informa que o ministro aproveitou o evento para apresentar números importantes da pasta e destacar a grandiosidade do Mover, que deve ampliar de 1,2 milhão para 1,5 milhão o número de empregos diretos e indiretos gerados pelo setor automotivo no País, ou seja, um acréscimo de 300 mil empregos até o final desta década.

 

Comandada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a cerimônia de assinatura da portaria de regulamentação do Mover teve a participação de executivos do setor automotivo e de sindicalistas, entre os quais o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, e o presidente da Industriall-Brasil, Aroaldo Oliveira da Silva.

 

Durante o encontro, Moisés fez questão de destacar a importância da participação dos trabalhadores nas políticas públicas voltadas à transição energética e cobrou contrapartida das empresas com relação à geração de empregos.

 

“Não podemos ser vítimas dessa modernização. É preciso que sejam exigidas contrapartidas por parte das empresas, principalmente no que se refere à geração de empregos. Será que nas empresas têm as metas de empregos?”, questionou o sindicalista que, na sequência, ouviu as projeções do MDIC, revelada pelo próprio ministro, sobre a criação de novos postos do setor a partir do Mover.

 

O presidente do Sindicato do ABC também reiterou a importância do programa para deixar um planeta melhor no futuro e defendeu o modelo híbrido etanol:

 

“Nós, trabalhadores, sabemos que vivemos uma transição irreversível. Acreditamos que ela é necessária porque temos a obrigação de entregar para as próximas gerações um planeta melhor, essa é a principal causa dessa transição. Também defendemos que a cara do Brasil é o híbrido etanol, acreditamos muito nessa tecnologia e que ela é a melhor para o país”.

 

Alckmin, por sua vez, lembrou que o Mover é o maior programa de estímulo à mobilidade e à descarbonização de toda a história da indústria automotiva:

 

“Estimula, com créditos financeiros de R$ 19,5 bilhões até 2028, a descarbonização nas várias rotas tecnológicas, veículos elétricos, híbridos, flex, com inovação e fabricação no Brasil. Assim, beneficia toda a cadeia da indústria de autopeças e também exportação e qualificação dos trabalhadores”, lembrou o ministro.

 

Também presente na reunião de terça-feira, em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou o Mover como uma espécie de matriz para outras áreas.

 

“Quero celebrar o que eu penso que começa a formatar um futuro que faz sentido para o Brasil. O país precisa de um plano de desenvolvimento. Nós não seremos uma nação desenvolvida sem um plano de desenvolvimento. Eu penso que esse exemplo que está sendo dado hoje é uma espécie de matriz do que pode ser replicado em outros setores de economia com o mesmo desempenho e com as mesmas perspectivas”, disse Haddad. (AutoIndústria)