Hyundai abre caminho para assumir importação da marca no Brasil

CNN Brasil

 

Uma novela prevista para terminar somente em 2032 pode ser antecipada para 2024, graças a R$ 5,4 bilhões de investimentos. Os protagonistas deste enredo são as duas Hyundai no Brasil, já que a operação da marca coreana no país é dividida entre a Hyundai Motor Brasil (HMB) e a Hyundai Caoa.

 

A Caoa, grupo brasileiro que representa diversas marcas no país, incluindo também Chery e Subaru, detém os direitos de importação de carros da Hyundai, além de fabricar em Anápolis (GO) modelos como o IX35. Já a HMB, subsidiária direta da matriz coreana, produz aqui o HB20 e o Creta.

 

No entanto, a Hyundai só autorizava importação de carros que já haviam saído de linha no exterior. Mas agora as marcas parecem ter chegado a um novo acordo, que será oficialmente divulgado no próximo dia 6 de março.

 

Em entrevista ao site Auto+, durante o lançamento do novo Caoa Chery Tiggo 7 Sport, o vice-presidente da Caoa, Annuar Ali, revelou que a Hyundai Motor Brasil vai assumir a importação de produtos para o Brasil.

 

A Hyundai terá autonomia na gestão da linha de importados, marcando uma separação significativa das funções desempenhadas pela Caoa. No entanto, a parceria entre as duas empresas permanecerá. Um carro novo deverá ser anunciado para Anápolis (GO), e a HMB também terá novidades em suas instalações em Piracicaba (SP).

 

“Hoje, é uma coisa desagradável, cliente entra em uma loja e tem HB20, mas não tem Tucson. Isso, pra mim, foi ruim, mas a gente está no barco junto, independentemente de quem importa. A Hyundai está junto da Caoa no negócio. Vai ficar bom para todas as concessionárias, sendo Caoa ou não”, declarou Ali.

 

Com o acordo, agora o consumidor brasileiro poderá ter, em breve, novos modelos da Hyundai à disposição, com as novas gerações de Tucson ou Santa Fe. Mas também há espaço para modelos híbridos e elétricos, o que abre a possibilidade de chegada ao país da picape Santa Cruz, uma potencial rival de Fiat Toro e Ford Maverick. (CNN Brasil/Thiago Ventura)