Estradão
O caminhão elétrico ganha cada vez mais espaço todos os tipos de operação. Nesse sentido, um Scania Heavy Tipper elétrico está em testes na mina LKAB, em Malmberget, ao norte da Suécia. Segundo a marca, o caminhão atua em temperaturas abaixo de zero. Ou seja, condição na qual as baterias são mais exigidas. Bem como têm o desempenho reduzido.
Assim, a Scania poderá avaliar o caminhão 100% elétrico em condições severas e locais subterrâneos. De acordo com a LKAB, a escolha do modelo visa reduzir suas emissões de poluentes. Para isso, a empresa pretende trocar sua frota de veículos com motor a combustão por elétricos.
De acordo com os executivos da mineradora, já há vários clientes interessados nessa solução. Segundo o gerente de projetos da LKAB, Peter Gustavsson, esse é um caminho para a indústria siderúrgica se tornar mais produtiva e livre de emissões de carbono. “Começamos a eletrificação com os caminhões que atuam nas minas. Porém, queremos estender para os que fazem o transporte do minério”, diz.
Scania Heavy Tipper elétrico
Conforme a marca, trata-se do Scania 25P. Segundo os dados da companhia, os 395 kW de potência são equivalentes a 530 cv, e o torque é de 510 mkgf. Além disso, o Scania Heavy Tipper elétrico tem peso bruto total (PBT) de 49 toneladas. De acordo com a empresa, o modelo opera no transporte de produtos residuais.
O outro tem guindaste. Portanto, é adequado para transportar as brocas de aço utilizadas nas perfuratrizes da mina. Nesse caso, há dois sistemas de carregamento das baterias. Ou seja, além do dispositivo na garagem, há outro móvel que pode ser levado ao local da operação, o que aumenta a flexibilidade do caminhão.
Scania elétrico no Brasil
Segundo a Scania, no Brasil ainda há inúmeros desafios a vencer antes da chegada do caminhão elétrico. Entre eles, a empresa destaca que é preciso haver infraestrutura de recarga. Bem como de geração e distribuição da rede elétrica para atender uma nova frota de caminhões elétricos.
Conforme o diretor de vendas de soluções da Scania no Brasil, Silvio Munhoz, a produção de energia por fontes limpas e o descarte correto ou reciclagem das baterias são itens importantes. “O veículo elétrico é o futuro”, afirma o executivo. Porém, ele defende que, neste momento, o gás é a solução mais viável. “É a que mais se aproxima do bolso do transportador”, explica. (Estradão)