GM não deixará de produzir carros a combustão tão cedo, diz CEO

Jornal do Carro

 

A General Motors é uma das marcas mais engajadas atualmente na eletrificação. A montadora inclusive pretende migrar direto para os carros a baterias, sem passar pela hibridização. Mas, apesar do discurso, a GM não encerrará tão cedo a produção de veículos com motores a combustão. É o que disse Mark Reuss, CEO da fabricante nos Estados Unidos.

 

Em entrevista ao canal Fox News, Reuss disse que a GM vai continuar a produzir carros a gasolina e a diesel nos próximos anos, até porque estes modelos respondem por grande parte dos emplacamentos da montadora no mercado norte-americano e em outros países, como o Brasil. De acordo com o executivo, diversos modelos a combustão serão lançados no próximo ano. Entre eles, por exemplo, o SUV Chevrolet Seeker, que pode substituir o Cruze por aqui.

 

O utilitário, inclusive, deve ser posicionado como modelo de entrada da montadora, com preços a partir de US$ 21.495. Seja como for, a GM vem trabalhando com importantes lançamentos 100% elétricos para o mercado mundial. Esse é o caso do Equinox EV – SUV elétrico diferente do Equinox à venda no Brasil – e o Blazer EV. Ambos já estão confirmados para chegar aqui.

 

“A era do ICE (sigla de “motor de combustão interna”, no inglês) ainda não acabou. Não vamos abandonar nossos segmentos de motores térmicos. Temos a liderança em picapes com as marcas GMC e Chevrolet. Conseguimos isso em nossas picapes de médio porte, nossas picapes de tamanho grande e além”, declarou Reuss.

 

Investimento

 

Fato é que tudo faz parte de uma estratégia. Afinal, a GM prevê um suporte de US$ 35 bilhões derivados das vendas dos modelos a combustão, principalmente picapes e SUVs. Com esse montante, vai investir pesado em tecnologias de direção autônoma e em veículos elétricos até 2025. “À medida que obtemos essa escala e pagamos pelos investimentos que fizemos, começamos a ganhar dinheiro com os veículos elétricos e a estrutura de margem se torna muito boa”, completou.

 

Importante lembrar que a fabricante já definiu diversas metas para zerar a emissão de carbono. Uma delas é a venda de 400 mil veículos elétricos até 2024 na América do Norte. No entanto, houve um aumento de prazo, já que a previsão inicial era do ano de 2023. A mudança veio em decorrência de diversos fatores, como a crise dos semicondutores, por exemplo. Mas, não deixa de ser um objetivo ousado. Afinal, a GM já disse que pretende ultrapassar a Tesla até 2025. Sò que a marca do bilionário Elon Musk é a atual líder mundial na venda de carros elétricos.

 

Por fim, o executivo confirmou que a GM pretende transformar diversas fábricas nos próximos anos, com foco na produção de modelos a baterias. O foco inicial serão os veículos de alto volume, como a picape Silverado EV e o compacto Equinox EV. No mais, Reuss confirmou a produção interna de baterias futuramente, começando na unidade de Lordstown, Ohio. (Jornal do Carro/Jady Peroni)