Planos de assinatura na locação de caminhões estimulam as empresas de transporte a mudarem as estratégias de negócios

Blog do Caminhoneiro

 

O transporte rodoviário de cargas vem sendo bastante promissor em 2022. Só no primeiro trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do transporte cresceu 3,6% em volume de serviços segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Esse contribuinte vem abrindo portas para novos implementos de negócios e para o desenvolvimento do setor.

 

Esse seguimento tem evidenciado algumas novidades como as parcerias iminentes da tecnologia em todos os processos da empresa e a chegada do Euro 6, que trará caminhões mais rentáveis e econômicos, dentre outras. Essas parcerias contribuem e contribuirão para que esse modal continue sendo responsável pela movimentação da economia do país e ajudando a sociedade.

 

Outro método que vem ganhando força nos corredores do transporte é a aposta da indústria automotiva na implementação dos planos de assinatura na locação de veículos pesados, especialmente os caminhões. Isso trará algumas soluções financeiras, como o financiamento de veículos, de peças e de serviços e, claro, o uso de frotas mais atualizadas.

 

Para Franco Gonçalves, gerente administrativo da TKE Logística, o sistema de locação de caminhões é algo que ainda não está inserido na cultura brasileira. “Mesmo que não seja muito evidente para nós, é um fator interessante de ser avaliado, até considerando as questões tributárias, que podem ser menores, já que o veículo não entraria como um ‘ativo’ da empresa, e sim uma despesa mensal. Em relação ao favorecimento, acredito que pode se tornar mais rápida a substituição dos implementos rodoviários em caso de necessidade de estar ‘em dia’ com as tecnologias”, relata o executivo.

 

Esse modelo de negócios foi traçado como estratégia após a criação em outubro do Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária no país – o Programa Renovar. Trata-se de uma iniciativa do Ministério da Economia para estimular, de forma voluntária, a retirada de circulação de veículos que não atendam parâmetros técnicos de rodagem ou que tenham mais de 30 anos de fabricação, segundo o Governo Federal.

 

O objetivo é aumentar a produtividade, a competitividade e a eficiência da logística no país, melhorando a qualidade de vida dos profissionais de transporte e contribuindo para a melhor segurança nas estradas e para a redução de emissões de gases no meio ambiente.

 

Assim, a locação de caminhões pode agilizar esse processo de atualização nas transportadoras para que elas renovem com mais facilidade as suas frotas. Para Franco, a utilização desse esquema dependerá do pensamento a longo prazo das empresas.

 

“Tudo vai depender das estratégias de uma empresa e de como está elaborado o contrato de locação. Nosso setor é muito diverso, então acaba sendo arriscado dar uma resposta generalista, mas é algo que pode facilitar sim a renovação de frota”, descreve o gerente administrativo da TKE.

 

Por outro lado, ter seus caminhões e implementos adeptos ao avanço tecnológico não será o único atrativo para as transportadoras, visto que cada um tem um planejamento em seu escopo de trabalho – ou seja, precisarão entender o seu momento e se vale ou não o investimento na locação de caminhões.

 

Franco descreve essa situação: “Ter o seu escopo de veículos atualizados não é o que traz resultados às empresas, mas sim os números que você tem como sua estratégia. Existirão casos em que manter um veículo mais antigo se justifique se os custos operacionais se apresentarem mais baixos, dando o mesmo retorno no faturamento e atendimento”.

 

Entende-se que o momento é o mais adequado para o desenvolvimento contínuo de um setor que sofre gargalos diariamente. A cada dia, as áreas acopladas ao transporte rodoviário de cargas (TRC) – como órgãos públicos, iniciativas privadas, entidades, instituições, entre outras – promovem situações ou inovações para que as empresas continuem sempre mantendo seus serviços com alta qualidade.

 

“Isso só mostra o quanto o nosso trabalho se torna cada vez mais responsável e, principalmente, como é necessário estar em destaque no mercado para que os nossos clientes e parceiros continuem acreditando no nosso comprometimento e na qualidade de serviço. Por isso, fico muito feliz em saber que estamos caminhando para um futuro melhor no TRC”, finaliza o executivo. (Blog do Caminhoneiro)