AutoIndústria
O Salão de Paris está de volta após quatro anos. Em sua 89ªedição, estará aberto ao público a partir desta terça-feira, 18, vai até o domingo, 22, para reforçar que a preocupação número 1 das montadoras é a eletrificação de seus veículos, a número 2 também, a número 3 idem.
Mas, além dos elétricos e híbridos, a tradicional mostra ficará marcada este ano pela consolidação de uma tendência surgida ainda antes da pandemia: a gradativa redução do número de marcas presentes neste tipo de evento que dominou o século passado e agora procura soluções para se manter atrativo aos olhos dos novos consumidores ou, até mais, usuários de automóveis.
Desta edição não participam, por exemplo, as alemãs Mercedes-Benz, BMW, Volkswagen, as tradicionais italianas e inglesas e nem mesmo a própria francesa Citroën, para ficar em uma lista reduzida que ainda envolve norte-americanas. Já é questionável o porquê da manutenção do “sobrenome” Mondial de l’Automobile, adotado desde os primórdios do evento criado ainda no fim do século XIX.
Na prática, o Salão de Paris 2022 reúne muitas empresas de serviços de mobilidade e tecnologia, algumas marcas chinesas de automóveis ávidas ainda por criar imagem internacional, como BYD e GWM, e outra meia dúzia de ocidentais.
Mas como uma empresa local e “jogando em casa”, o Grupo Renault é o maior protagonista de 2022. As novidades de suas marcas Renault, Dacia e Alpine enfatizam que, pelo menos nos curto e médio prazos, carros movidos a eletricidade ou híbridos são, de fato, as alternativas mais realistas para a mobilidade limpa.
Numa tacada só, o Grupo Renault apresentou vários modelos com essas tecnologias pelas mãos de seu CEO global Luca de Meo. O grande destaque, sem dúvida, é o renascimento do Renault 4, agora como SUV elétrico que chegará a diversos mercados mundiais em 2025 e produzido inicialmente na França. Em Paris, ele surgiu ainda como o conceito 4EVER Trophy, mas com a confirmação da arquitetura CMF-BEV, de veículos elétricos do segmento B.
Ao lado do Mégane E-Tech, elétrico já conhecido e confirmado para o mercado brasileiro, estão sendo exibidos ainda o conceito R5 Turbo 3 E, esportivo elétrico e mais um resgate de nome histórico da marca ao lado do Renault 4, Scénic Vision, além do novo Kangoo E-Tech Electric e de mais um SUV para o segmento C: o Austral, híbrido escolhido como vitrine de tecnologias de assistência à condução.
A Stellantis, detentora de mais de uma dúzia de marcas, está representada por apenas três marcas. A maior atração carrega o lototipo da Jeep e se chama Avenger, primeiro SUV totalmente elétrico 4×4 da marca. A Peugeot, em meio a uma farta gama de híbridos e elétricos, exibe seu novo 408. A DS, divisão de luxo criada a partir da Citroën, tem como atração o conceito elétrico E-Tense. (AutoIndústria)