AutoIndústria
Criado para checar a desvalorização dos carros e comerciais leves após um ano de uso, o Selo Maior Valor de Revenda – Autos, da Agência Autoinforme em parceria com a Textofinal de Comunicação, aponta já há dois uma valorização de grande parte dos veículos pesquisados, fruto, principalmente, da falta de modelos 0 km no mercado por causa da falta de semicondutores, entre outros componentes.
Em sua nova edição, a premiação de 2022 apontou a Fiat Strada como a campeã geral no cômputo das 18 categorias avaliadas. O modelo, que lidera o ranking de vendas de veículos leves este ano no Brasil e concorreu no segmento de picapes pequenas, teve valorização de 9,8% no período de agosto de 2021 a julho de 2022. Quem recebeu o troféu foi Victor Leite (foto acima), coordenador de Produto Fiat Strada & LCV Projetos.
Apenas um modelo entre os 18 vencedores, o Renault Zoe, na categoria elétrico até R$ 300 mil, teve desvalorização, e assim mesmo em índice insignificante de menos 0,2%.
“No ano passado, registramos que dos 126 modelos pesquisados, 101 anotaram índices de valorização e apenas 25 obtiveram índices de depreciação. Este ano, com 119 modelos analisados, 78 obtiveram índices positivos e 41 negativos. À época, já afirmávamos que se tratava de um período muito atípico do mercado secundário de veículos seminovos”, explica Joel Leite, idealizador da certificação. “A indústria já está voltando à normalidade produtiva e, portanto, a tendência é que os índices de depreciação também retornem”.
O levantamento foi concluído em julho, quando o processo de alta dos usados, principalmente os seminovos, ainda estava em curso. Em agosto as montadoras bateram recorde de produção no ano, marcando, com isso, o início de um arrefecimento da crise de abastecimento no País.
Dezoito modelos foram contemplados pelo Selo Maior Valor de Revenda – Autos 2022. Na sequência, o modelo vencedor, a categoria e índice de variação de preço:
Fiat Mobi (Entrada + 8,6%), Chevrolet Onix (Hatch Compacto + 7,4%), Chevrolet Cruze Sport (Hatch Médio + 3,6%), Audi e-Tron (Elétrico acima de R$ 300 mil + 0,4%), Toyota Corolla Hybrid (Híbrido até R$ 500 mil + 4,4%), Volvo XC90 (Híbrido acima de R$ 500 mil + 1,7%), Chevrolet Spin (Minivan + 4,1%), Fiat Strada (Picape Pequena + 9,8%), Renault Duster Oroch (Picape Compacta + 4,9%), Chevrolet S10 (Picape Média + 9,6%), Hyundai HB20B (Sedã Entrada + 5,2), Volkswagen Virtus (Sedã Compacto + 6,7%), Toyota Corolla (Sedã Médio + 6,7%), VW Nivus (SUV Entrada + 6%), CAOA Chery Tiggo 5X (SUV Compacto + 4,7%), Porsche Macan (SUV Médio + 9,%), Jeep Commander (SUV Grande + 6,1%) e Renault Zoe (Elétrico até R$ 300 mil – 0,2%).
“Em nossos estudos, constatamos que os carros eletrificados têm valorização semelhante aos modelos à combustão. O que ocorre é uma certa dúvida, de parte dos consumidores, em relação à durabilidade e a garantia das baterias”, comenta Luiz Cippoli Júnior, responsável pela pesquisa de preços.
Além das marcas citadas entre as vencedoras por categoria, também fora avaliados modelos da BMW, Citroën, Ford, Kia, Honda, JAC, Land Rover, Lexus, Mercedes-Benz, Mini, Mitsubishi, Nissan, Peugeot e Suzuki. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)