O Estado de S. Paulo
Renovar a frota é tema recorrente há décadas no País. Finalmente, porém, há uma lei, sancionada pela Presidência da República no início de setembro, que cria o Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária (Renovar).
Ainda faltam regulamentações de como o programa vai operar, mas basicamente caminhões e ônibus com mais de 30 anos serão comprados para serem sucateados. Com o recurso, o proprietário poderá financiar um novo ou usado menos envelhecido.
O programa é de caráter voluntário, será operado pela Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e custeado por recursos de multas, do álcool etílico combustível (Cide-combustíveis) e do valor direcionado a pesquisas por parte das petroleiras.
Segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito, do Ministério da Infraestrutura, há mais de 910 mil unidades de caminhões com idade superior a 30 anos de fabricação.
A Iveco venceu licitação realizada pela ABDI para participar de projeto piloto que dá base ao programa. Inicialmente, o plano é captar, desmontar e reciclar peças de 50 caminhões com mais de 30 anos de proprietários autônomos ou do pequeno transportador. Os que aderirem receberão crédito de R$ 20 mil a R$ 30 mil para a compra de um seminovo.
“Essa é uma demanda que está em pauta há décadas e trará muitos benefícios para todos os envolvidos. A renovação da frota trará ainda a adequação às práticas sustentáveis no segmento, padrão de qualidade e segurança para motoristas e caminhoneiros”, resume Márcio Querichelli, presidente da Iveco para a América Latina. (O Estado de S. Paulo)