Jornal do Carro
Logo após lançar o novo Polo, a Volkswagen anunciou ontem, um novo ciclo de investimentos para a América do Sul. A marca alemã vai investir R$ 7 bilhões até 2025 para lançar 15 novos veículos na região, o que naturalmente incluí o Brasil, maior mercado do bloco. Além da linha 2023 do Polo, com leve reestilização, o novo Jetta GLI também está neste pacote de lançamentos. Ou seja, serão mais 13 novidades nos próximos três anos.
Alguns destes novos modelos o Jornal do Carro já antecipou ao longo dos últimos meses. A Volkswagen prepara no momento a renovação do sedã Virtus e o lançamento do Polo Track, modelo que terá a dura missão de substituir o Gol no início de 2023. Outro que está a caminho do Brasil é o novo Tiguan Allspace, que é feito no México e voltará (em breve) com versão híbrida que estreou com reestilização feita no fim de 2021.
“Iniciamos um novo ciclo de investimento de R$ 7 bilhões que prevê a ofensiva de 15 novos produtos, com dois já lançados – Jetta GLI e novo Polo. Além disso, teremos a inauguração do nosso Centro de P&D, que irá fomentar o trabalho em torno dos biocombustíveis e na neutralização de carbono de nossos produtos. E temos novas tecnologias”, resume Ciro Possobom, COO da VW do Brasil e vice-presidente de Finanças e Estratégias de TI na região.
Volkswagen terá sistema híbrido leve flex
Tal como contamos aqui no JC, a Volkswagen prepara para 2023 o lançamento do inédito sistema eTSI. Este deverá ser o nome do conjunto híbrido leve flex que equipará os carros compactos nacionais da marca. A estreia deverá ficar a cargo do novo Polo, dando início à eletrificação em massa dos modelos da alemã no País. O plano da montadora é ser pioneira com a tecnologia híbrida, exatamente como foi no início do século com o sistema “Total Flex”.
O sistema híbrido da Volkswagen será o primeiro flex da marca no mundo. O conjunto traz um alternador mais potente e uma bateria de 48 volts. Eles não tracionam as rodas, mas aliviam o motor a combustão em movimento. Assim, garantem menores consumo e emissões. A tecnologia já está disponível na Europa com o motor 1.0 TSI a gasolina de 110 cv e 20 mkgf. No Polo, promete impressionar, com média de cerca de 23 km/l com o combustível fóssil.
Elétricos a caminho
O híbrido flex é a grande aposta da Volkswagen para o Brasil. Mas a marca também vai lançar no País os modelos elétricos da gama ID. O primeiro deles será o SUV ID.4, que fez sua estreia junto ao público durante o festival de música Rock In Rio. O modelo desembarcou no início deste ano, está em fase final de testes e logo chegará às lojas brasileiras. Além dele, a VW deve lançar o hatch ID.3, que tem tamanho de Golf, e a ID.Buzz, releitura moderna da Kombi.
Novas Amarok e Saveiro
Até agora apontamos apenas seis dos próximos 13 lançamentos. Ou seja, tem muito mais modelos nos planos da Volkswagen. Nessa conta podemos incluir, por exemplo, a picape média Amarok, que ganhará nova atualização na Argentina também em 2023. Além dela, a VW já desenvolve a nova geração da Saveiro, prevista para estrear em 2024. A picape renascerá sobre a plataforma MQB-A0, mesma base de Polo, Virtus, Nivus e T-Cross.
Há ainda a expectativa pela inédita picape Tarok, com produção também na Argentina sobre a base do SUV médio Taos. O protótipo surgiu em 2018, no último Salão do Automóvel de São Paulo, mas foi feito na época sobre o SUV compacto T-Cross. Com a arquitetura maior do Taos, a futura picape terá porte intermediário para disputar vendas com modelos como Ford Maverick e Hyundai Santa Cruz. No Brasil, o alvo seria naturalmente a Fiat Toro.
Gol vai virar mini SUV
Entretanto, a cereja do bolo deste novo investimento será o mini SUV de entrada, com lançamento previsto para 2025. Ele ficará posicionado abaixo do Nivus, como preço acessível – será algo como fez a Stellantis com o novo Citroën C3. Apesar de o Polo Track ser o substituto do atual Gol, o projeto do pequeno utilitário é considerado o “novo Gol”. Afinal, será uma criação da filial brasileira, tal como o veterano hatch que está à venda no País desde 1980. (Jornal do Carro/Diogo de Oliveira)