AutoIndústria
Está absolutamente claro: será preciso que marcas concorrentes lancem mão de um projeto realmente inovador e a preço competitivo para mudar o cenário do segmento de picapes no Brasil no curto prazo.
Em agosto, com 14,2 mil licenciamentos, a Fiat Strada, mais uma vez, “atropelou” as adversárias, vendeu o triplo do que a segunda colocada – a Toro, também da Fiat -, e cinco vezes mais do que a Volkswagen Saveiro, concorrente direta entre os modelos compactos. Os dados são da Fenabrave, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.
Além de representar um terço das vendas totais de 44,2 mil unidades da Fiat no mês passado, o resultado assegurou participação 7,3% na soma de automóveis e comerciais leves, a maior desde que a atual geração do comercial leve chegou ao mercado. Mais ainda: colocou novamente a Strada como o veículo mais vendido do mercado interno, à frente do Volkswagen Gol (11,7 mil).
No acumulado dos sete primeiros meses de 2022, a picape já alcançou 76,1 mil unidades negociadas e caminha firme para fechar o ano como o modelo líder no Brasil pela segunda vez consecutiva, mais um fato inédito para um veículo comercial.
De janeiro a agosto foram vendidas 204,4 mil picapes de todos os portes. A Strada, portanto, deteve 37% desse volume. Somadas as 34,5 mil unidades da Toro, segunda colocada também nesse período, a Fiat tem nada menos do que 54% de participação do segmento, que conta com outros 11 modelos de oito marcas.
Domínio da Toyota Hilux entre as grandes
Consideradas apenas as chamadas picapes grandes, com capacidade de carga de 1 tonelada e acima, o grande destaque segue sendo a Hilux. A representante da Toyota ocupa a primeira posição em vendas com 29,6 mil emplacamentos em 2022, bem à frente da Chevrolet S10 (18,3 mil unidades) e da Mitsubishi L200 (10,3 mil).
A decepção no ano, por enquanto, é a Nissan Frontier. Com sua novíssima geração nas revendas desde abril, o modelo fabricado na Argentina acumula somente 5,3 mil licenciamentos, média mensal de 1 mil unidades.
Em agosto, foram negociadas somente 600 unidades, menos até do que a também argentina e veterana Volkswagen Amarok, que somou 719 unidades no mês e 3,3 mil no ano, mas que nos próximos meses receberá melhorias técnicas e passará por atualização estética. (AutoIndústria/George Guimarães)