AutoIndústria
“A crise de abastecimento arrefeceu um pouco e já não impede que o consumidor encontre o modelo desejado, salvo alguns casos pontuais. Os números refletem esse cenário”. Com esse comentário o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr., resumiu o crescimento das vendas de automóveis e comerciais leves em agosto, referindo-se, em especial, à falta de semicondutores que vem afetando o setor globalmente desde o ano passado.
Na avaliação do executivo, os bons resultados do mês indicam que o mercado está atingindo o equilíbrio entre oferta e demanda: “Em que pese o fato de termos dois dias úteis a mais em agosto, todos os segmentos apresentaram alta, o que aponta uma clara tendência de recuperação do mercado. Um dos grandes desafios apresentados nos últimos meses, a escassez de peças e componentes, já não é mais tão limitante para o setor como no início do ano”.
Pelos números divulgados nesta sexta-feira, 2, pela entidade, a venda de veículos leves atingiu 194.142 unidades, 14,8% a mais do que as 169.088 comercializadas em julho. Foi o melhor volume mensal de 2022, superando as 175 mil unidades de veículos leves de maio.
Esse foi o segmento que mais cresceu no mês. As vendas de caminhões, por exemplo, tiveram alta de 8,6%, para 12,3 mil unidades. Considerando leves e pesados, o setor emplacou 208.499 veículos, crescimento de 14,6% no mesmo comparativo.
Com relação a agosto de 2021, com 172.763 licenciamentos, as vendas totais de veículos foram ampliadas em 20,7%. No acumulado dos primeiros oito meses do ano, contudo, o setor ainda enfrenta queda de 8%. De janeiro a agosto foram emplacadas 1.308.368 unidades, ante o total de 1.422.126 de idêntico intervalo do ano passado.
A Fenabrave iniciou em julho a divulgação separada dos números de veículos eletrificados. No ano, os emplacamentos de automóveis e comerciais leves do gênero já somam 27.850 unidades. Apenas em agosto, foram cerca de 4,2 mil veículos emplacados. “Estamos monitorando o desempenho dos segmentos de eletrificados, que vêm ganhando espaço no mercado brasileiro, ainda que em porcentual de participação seja baixo”, comentou Andreta Jr. (AutoIndústria)