PIB cresce 1,2% no trimestre e melhora expectativa para ano

O Estado de S. Paulo

 

Num desempenho que superou as estimativas dos economistas, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,2% no segundo trimestre, ante os três primeiros meses do ano, segundo o IBGE. A combinação de normalização dos serviços mais afetados pela pandemia, melhora do mercado de trabalho e medidas do governo para incrementar a renda das famílias impulsionou a economia. Na média, economistas esperavam uma alta de 0,9%, conforme pesquisa do Projeções Broadcast. O resultado desencadeou uma série de revisões para cima nas expectativas para o ano. Em janeiro, as projeções de instituições financeiras apontavam para uma variação pouco acima de zero. Antes da divulgação, as estimativas já indicavam avanço de 2,0%. Ontem, foram elevadas para 2,7%.

 

A combinação da normalização dos serviços mais afetados pela pandemia com a melhora do mercado de trabalho e as medidas do governo para incrementar a renda das famílias impulsionou a economia no segundo trimestre. O Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todo o valor gerado no País) cresceu 1,2% sobre os três primeiros meses do ano, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

O desempenho superou as estimativas de economistas, de alta de 0,9%, conforme pesquisa do Projeções Broadcast, e desencadeou mais uma onda de revisões para cima nas expectativas para o ano. Em janeiro, a mediana das projeções apontava para uma variação pouco acima de zero. Antes da divulgação, as estimativas já indicavam avanço de 2%. Ontem, foram elevadas para 2,7%.

 

As famílias, com restrições a frequentar bares, restaurantes e demais serviços que dependem de contato pessoal desde o início de 2020, retomaram esses gastos com força. “As pessoas ficaram dois anos sem viajar”, disse Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

 

A elevação dos gastos com esses serviços impulsionou o consumo das famílias, que avançou 2,6% no trimestre. As atividades exportadoras tiveram desempenho negativo, mas a demanda doméstica garantiu o crescimento, em parte, porque os investimentos cresceram 4,8%, com destaque para a construção e a tecnologia da informação.

 

O setor de serviços, que responde por cerca de 70% da economia, puxou o crescimento, com avanço de 1,3% sobre o primeiro trimestre. A indústria cresceu 2,2%, com a construção e a geração de eletricidade à frente, enquanto a agropecuária teve ligeira alta, de 0,5%, após a queda do início do ano com a quebra da safra de soja. (O Estado de S. Paulo/Daniela Amorim e Vinicius Neder)