AutoIndústria
Além de tornar mais severos os limites de emissão de poluentes, a nova fase do Proconve para veículos pesados, equivalentes ao Euro 6, em vigor partir de janeiro de 2023, também elevou a faixa de potência de motores no segmento de ônibus, em especial os rodoviários
Há algumas semanas, na apresentação de nova geração de chassi da Scania, o K 500 8×2 surgiu naquele momento como o mais potente do Brasil, construído com motor de 500 cv. O título, no entanto, durou pouco. Ao lançar a linha de rodoviários Euro 6, na LatBus 2022, na terça-feira, 9, a concorrente Volvo anunciou o B510R, modelo com motor de 510 cv. Cabe lembrar, que as ofertas atuais não ultrapassam os 450 cv.
Independentemente de qualquer rivalidade que possa existir, ganha mesmo é o operador. Os mais potentes ônibus de ambas as marcas prometem não só mais desempenho, mas também se comprometem com mais economia, segurança e controle na operação.
Ambas garantem consumo menor em relação aos veículos atuais. No caso da Scania, são 8% em função da tecnologia de injeção combustível XPI associada à caixa automatizada Opticruiser com trocas 45% mais rápidas. Já a Volvo fala de 9%, economia também proveniente de mais eficiência na queima de combustível, do recurso denominado Aceleração Inteligente (gera torque na medida para melhor desempenho), bem como da caixa de transmissão I-Shift de sétima geração.
Além de mais potente, a Volvo define o B510R também como o mais inovador já criado pela marca. O produto é baseado em recente lançamento europeu e incorpora o trem de força do caminhão FH da fabricante, principal argumento que o faz o mais vendido do País.
Com o desempenho aprimorado para as viagens, ambas as marcas também reforçam pacote de segurança sofisticado. O transportador poderá equipar o ônibus com um arsenal de assistentes de direção semiautônomos, além de recursos de conectividade.
Estão na prateleira de ambas as marcas para embarcar em seus respectivos chassis recursos como piloto automático adaptativo, frenagem de emergência, aviso de mudança de faixa involuntária e controles eletrônicos de estabilidade e tração. Garante ainda mais segurança sistema que permite limitar a velocidade de maneira remota em determinadas regiões ou mesmo trechos da viagem, por exemplo, zonas urbanas, serra ou curvas. (AutoIndústria/Décio Costa)