Volvo tem liderança nas duas mais representativas categorias do mercado

AutoIndústria

 

Ao fim da primeira metade do ano, a Volvo parece passar ao largo da crise de falta de componentes nas linhas de montagem que assombra a indústria para manter a capacidade de oferta. Baseado nos dados da Fenabrave, a fabricante de Curitiba (PR) chega ao fim do período com produtos na liderança de semipesados e pesados, categorias que juntas representaram, até aqui, 76% do mercado total de caminhões.

 

O pesado FH 540 disparou na frente como o mais vendido do mercado e garantiu a liderança isolada na categoria, com 3,9 mil unidades vendidas, o equivalente a 14,4% das vendas do segmento. Ao comparar com o desempenho no mesmo período do ano passado, o modelo registrava os mesmos 3,9 mil emplacamentos com leve queda de 1%, mas 13,2% de participação. Cabe lembrar que o mercado de semipesados e pesados recuou 3,1%, de 45 mil unidades para 43,6 mil.

 

Na seara de semipesados, o Volvo VM 270 se consolidou no topo de vendas da categoria no fim do primeiro semestre, desbancando a hegemonia de anos do Volkswagen Constellation 24,280. O veículo fechou o período com 13,4% com a soma de 2,1 mil licenciamentos, o que permitiu ser o quinto caminhão mais vendido do mercado no acumulado até junho. Até o ano passado, o veículo nem mesmo entre os dez aparecia.

 

Na gangorra das vendas, o DAF XF subiu para a vice-liderança de pesado com 2,8 mil unidades nos últimos seis meses, volume que representou 10,4% de participação na categoria ante 8,4% que obteve no primeiro semestre do ano passado, com 2,5 mil modelos emplacados.

 

Como marca, a DAF se encontra no time das poucas fabricantes que conseguiram preservar crescimento no primeiro semestre. No caso de 17,4% com pouco mais de 3 mil unidades negociadas.

 

Juntam-se à fabricante de Ponta Grossa, a Volvo, que encerra o período em alta de 17,5%, com 11,2 mil caminhões emplacados, a VWCO, com pequeno crescimento de 2,2% ao registrar 17 mil unidades e a Iveco, a marca de caminhões que mais evoluiu em vendas, 53%, para 5,3 mil licenciamentos.

 

Com seguidas interrupções na produção desde o início do ano, a Scania viu vendas e participação derreter. Como marca, fechou a primeira metade do ano em queda de 42,6%, com 4,4 mil unidades vendidas contra 7,8 mil anotadas um ano antes. No ranking, o carro-chefe R 450, o segundo mais vendido dentre os pesados nos primeiros seis meses de 2021, com fatia de 11,6%, terminou o primeiro semestre como o décimo na lista, com participação de 5,1% na categoria.

 

Situação incomoda, porém mais confortável que a Scania está a Mercedes-Benz. Embora tenha registrado redução de 18,6% nas vendas de caminhões no primeiro semestre, com 15 mil unidades negociadas, a fabricante se manteve na vice-liderança com participação de 27%, logo atrás da VWCO. No mesmo período do ano passado, no entanto, liderava com 30,6% e 17,7 mil caminhões licenciados. (AutoIndústria/Décio Costa)