Ceciliano, presidente da Alerj, quer maior competitividade para as montadoras do Rio

Diário do Porto

 

O presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), visitou nesta semana o cluster automotivo do Sul Fluminense e ouviu demandas das montadoras automobilísticas da região. Dentre os principais problemas relatados, estão a falta de infraestrutura logística e dificuldades de recuperação de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O objetivo da visita foi conhecer de perto as indústrias de automóveis e entender os entraves ao desenvolvimento econômico local.

 

Atualmente, o cluster automotivo reúne 23 empresas, entre montadores e fornecedores. A região tem o segundo polo automobilístico em número de empresas do país e o sétimo em número de empregos. Atualmente, o setor emprega cerca de 24 mil pessoas, sendo a principal indústria do Sul Fluminense. São produzidos em média 250 mil veículos por ano nas fábricas da região.

 

Após a visita, Ceciliano relatou que o Rio está perdendo empresas para o Japão por conta da ausência de compensação de ICMS, que acaba fazendo com que o Estado perca competitividade. “Solicitei para eles fazerem um estudo para que possamos nos debruçar na Comissão de Tributação da Alerj. Queremos fortalecer a região como um grande polo de inovação e tecnologia, inclusive trazendo fábricas para criação de automóveis elétricos”, acrescentou o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

 

Além da questão tributária, para o diretor da fábrica da Stellantis (Peugeot e Citroën), em Porto Real, Itamar de Souza, é necessário criar um arco viário no Sul Fluminense, visando melhorar a chegada de insumos e o escoamento da produção na região. “A região carece de obras infraestrutura, principalmente relacionado a questões viárias de condições da pista depois da Rodovia Presidente Dutra. Não só da conexão da Dutra com as empresas, mas principalmente a criação de vias alternativas à Dutra, porque tudo dependendo da Dutra é um risco muito grande. Se não criarmos rotas alternativas para o fluxo de peças e de pessoas, nós vamos ter muitos problemas”, explicou.

 

Devido à sua importância, a indústria automobilística trouxe dinamismo econômico e social, como explica o presidente da Firjan Sul Fluminense, Henrique Nora. “Onde a indústria automobilística se instala traz consigo toda uma cadeia de qualidade, em razão do elevado nível de tecnologia, além do trabalho com mão de obra muito qualificada. Então começa-se a ter desenvolvimento em uma escala maior, porque as pessoas que trabalham nessas empresas estão num padrão melhor e começam a exigir produtos e serviços melhores. Há melhora no padrão das escolas, dos restaurantes e o turismo melhora. É todo um círculo virtuoso que vem a reboque. É um grande vetor de desenvolvimento”, ressaltou. (Diário do Porto)