BMW passa a cobrar aluguel por aquecimento de bancos e outros equipamentos

Quatro Rodas

 

Imagina comprar um carro completo, mas tem que pagar mensalidade para usar seus recursos. Isso já é realidade para os proprietários de BMW da Coreia do Sul. Através da loja do BMW ConnectedDrive, os donos poderão contratar recursos por tempo limitado ou definitivamente.

 

O ConnectedDrive não é novidade na BMW, mas era usado apenas para atualizar os softwares do veículo pela internet, evitando idas desnecessárias à oficina. Agora, pelo menos na Coreia do Sul, os proprietários também usarão a plataforma para adquirir acesso a diversos recursos do veículo, entre eles o aquecimento dos bancos.

 

Esse equipamento, geralmente, é encontrado nas versões mais caras de modelos aqui no Brasil, mas os sul-coreanos donos de um BMW terão de pagar o equivalente a U$ 98, ou R$ 526 por mês para poder usá-lo. Ainda há a opção de fazer uma assinatura anual, por U$ 176 (R$944) ou pagar U$283 (R$ 1.519) por três anos de uso. Pelo menos, o cliente recebe um mês de cortesia para experimentar o recurso.

 

Outro recurso pago é o Drive Assistant Plus, o piloto automático adaptativo da BMW. Para esse equipamento, são até três meses de teste grátis e as assinaturas são de, aproximadamente, R$ 208 para um mês, R$ 2.088 para um ano e R$ 3.276 para três anos. Já para ter o equipamento por tempo ilimitado o valor cobrado é de R$ 4.635.

 

O aquecimento do volante também passará a ser pago e tem valores de assinatura que variam entre R$ 53 mensais até R$ 862 por três anos. Já o valor vitalício para usufruir do equipamento é de aproximadamente R$ 1.188.

 

Até o Apple CarPlay entrou no pacote. Embora a BMW tenha dito anteriormente que não cobraria pelo uso do serviço, a montadora deu um jeito de monetizar o serviço. Agora, ele estará disponível apenas por cabo e quem quiser utilizar o serviço sem-fio terá que pagar por ele. Sem a possibilidade de assinaturas mensais, a conexão wireless pode ser comprada por R$ 1.634.

 

Outros recursos e funções também estão disponíveis como sistemas de segurança, Drive Recorder – que filma o entorno do veículo – assistente de farol alto e o IconicSounds Sport, que simula um ronco esportivo através dos alto-falantes do carro. Esse último também não tem planos mensais e pode ser comprado por R$ 737 reais, aproximadamente.

 

O sistema é semelhante às DLCs, que são conteúdos adicionais pagos que as produtoras vendem para jogos de videogame atuais. E, assim como as empresas de jogos, as montadoras visam um bom lucro com as assinaturas. A Stellantis, que também pretende aderir a esse tipo de cobrança, fez uma projeção e concluiu que faturaria cerca de U$ 23 bilhões (cerca de R$ 123 bilhões) por ano, caso cobrasse a parte pelos equipamentos.

 

Entretanto, nem todas as montadoras se mostram favoráveis a esse tipo de cobrança. Ford e Toyota são duas que “não acham correto” cobrar por algo que já está no veículo. Além das citadas BMW e Stellantis, a Mercedes-Benz é outra empresa que estuda aderir às assinaturas.

 

Se o modo de cobrar se inspira na indústria dos games, a pirataria também poderá seguir por esse caminho. É bem provável que hackers tentem invadir o sistema para desbloquear os equipamentos e recursos pagos, porém isso traria consequências com a montadora, como a perda da garantia.

 

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