AutoIndústria
Um ano e meio depois de encerrar a produção do Q3 no Brasil, a Audi vai religar oficialmente sua linha de montagem em São José dos Pinhais, PR, em julho. A marca do Grupo Volkswagen voltará a produzir o SUV, mas em nova geração, fabricada sobre a plataforma MQB A2, e também com carroceira Sportback, que já está à venda no Brasil, mas importada.
O último Audi nacional, o A3 Sedan, foi fabricado no fim de 2020, um ano depois da penúltima geração do Q3 ter saído de linha. Na época, a marca relacionou dificuldades para receber do governo os créditos tributários a que tinha direito e, sobretudo, os custos de produção elevados para interromper as atividades no País pela segunda vez.
Em 2004, após 5 anos, encerrou a produção local para se tornar mera importadora. Só voltou a fabricar no País dez anos depois, a partir dos estímulos gerados pelo programa Inovar-Auto, lançado 2012, e de investimentos de R$ 500 milhões.
Nesta semana, o Q3 Sportback húngaro, com motorização a gasolina de quatro cilindros 2.0 TFSI de 231 cv, começou a ser vendido oficialmente em duas versões (Performance quattro e Performance Black quattro) e preços a partir de R$ 316 mil. Ambas com tração quattro e transmissão tiptronic de oito velocidades, mesmo conjunto mecânico que estará presente nas futuras unidades paranaenses, assim como os conteúdos.
“Acreditamos no potencial do mercado brasileiro. O Audi Q3 é uma referência no segmento. No ano passado foi o segundo mais vendido da marca, com quase 260 mil unidades comercializadas em todo o mundo”, afirma Daniel Rojas, CEO e Presidente da Audi do Brasil.
Rojas assumiu a operação brasileira em fevereiro, substituindo Johannes Roscheck, que coordenou o fim da produção do A3 Sedan e praticamente todo o processo de retomada da produção a partir de meados deste ano.
A chegada do Q3 SUV e Sportback deve proporcionar vendas adicionais à marca, que viu sua participação declinar no segmento de automóveis premium desde 2018, quando ocupou a terceira posição, atrás somente das tradicionais concorrentes alemãs BMW e Mercedes-Benz.
No primeiro quadrimestre de 2022, a Audi negociou 1.255 veículos e apareceu somente na quinta colocação, superada também por Volvo e Land Rover. (AutoIndústria/George Guimarães)