AutoIndústria
Diante do desempenho extraordinário do segmento de pesados, o que mais cresce entre todos os contemplados pelo sistema, a Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, divulgou na última sexta-feira, 13, balanço específico dos grupos de caminhões.
De acordo com a assessoria econômica da entidade, ante 7,92 mil adesões em março de 2021, a venda de novas cotas de consórcio de caminhões em idêntico mês deste ano chegou a 15,36 mil, um avanço de 94%. A média mensal, nos últimos 12 meses, foi de 11,47 mil cotas, para um total de 137,64 mil adesões. No ano passado, os picos de vendas ocorreram em maio e setembro.
A Abac destaca ainda haver um equilíbrio entre pessoas jurídicas (52,4%) e físicas (47,3%) que compõem o quadro de 325 mil participantes ativos no consórcio de caminhões. Outros, entre os quais as cooperativas, têm participação de apenas 0,3%. “Ao aderirem ao mecanismo, empresas de transportes e autônomos, de acordo com suas áreas de atuação, optaram por créditos variando de R$ 120 mil a R$ 990 mil, ficando em R$ 390 mil na média”, revela o estudo.
A entidade destaca, entre as vantagens do sistema, o custo final baixo, prazos longos – na média são 92 meses -, aproveitamento de até 10% do crédito para despesas com documentação, tributos e seguro, parcelas mensais ajustadas aos orçamentos e, principalmente, preservação do poder de compra.
“A opção pela modalidade está calcada no planejamento para troca e renovação de veículos ou ampliação de frotas”, avalia o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi. “Os resultados do levantamento apontam a potencialidade do mercado, visto que muitos veículos, negociados no ano passado, ainda serão entregues este ano”.
A taxa média de administração praticada foi de 0,15% ao mês e entre as categorias mais retiradas por ocasião da contemplação estiveram os caminhões pesados, com 37,6%, seguidos dos médios (24,7%), leves (23%) e extrapesados, com 14,7%. O levantamento apontou ainda que a maioria dos consorciados optou pela renovação da frota (65%). As retiradas para ampliação ficaram em 35%.
As expectativas para 2022 seguem positivas para o consórcio de caminhões, apoiadas especialmente no agronegócio. “Isto sem falar da inflação crescente, das taxa de juros ascendente e da pequena reação nos empregos mesmo com renda menor, além de despesas com energia, combustíveis etc.”, complementa Rossi. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)