Vendas de veículos comerciais ainda crescem no Brasil apesar da guerra e da escassez de componentes

Truck & Bus Builder América do Sul

 

O mercado brasileiro de caminhões fechou o primeiro trimestre de 2022 com a venda acumulada de 26.760 caminhões, com crescimento de 3,9% em comparação com igual período de 2021, quando atingiu a venda de 25.703 veículos.

 

Nas vendas mensais de março, o mercado brasileiro de caminhões registrou crescimento de 24,9% sobre fevereiro, com 10.133 unidades contra 10.792 veículos, mas ficou 6,1% abaixo do resultado obtido em março de 2021, com 10.792 unidades.

 

O segmento de ônibus também apresentou evolução ao completar os primeiros três meses deste ano com a venda de 4.323, o que reflete uma evolução de 1,7% sobre os 4.252 veículos licenciados no mesmo período de 2021. A liderança ficou com a Mercedes-Benz, com 2.335 unidades e 54,0% de participação de mercado, seguida pela Marcopolo, com 871 unidades (20,1%) e Volkswagen, com 794 unidades (18,4%).

 

José Maurício Andreta Jr., presidente da FENABRAVE (Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores), declarou que o desempenho do mercado no primeiro trimestre do ano é reflexo de um conjunto de fatores, nacionais e globais.

 

O executivo considerou que a variante ômicron afetou a produção de diversos componentes industriais e a venda de veículos, no início do ano e que em seguida eclodiu o conflito entre Rússia e Ucrânia, que deixou muitos consumidores preocupados, especialmente, com os preços dos combustíveis.

 

Estudo realizado pela assessoria econômica da FENABRAVE, indicou que o preço do petróleo subiu 34,8% no mercado internacional, enquanto o real valorizou 16%, o que implicou no aumento de 13% no valor repassado às distribuidoras de veículos.

 

Na luta pelo mercado, a Volkswagen Caminhões e Ônibus ampliou a vantagem na liderança que assumiu no último trimestre do ano passado e, atualmente, a distância que a separa da Mercedes-Benz deixou de ser de unidades para mais de seis centenas no resultado acumulado.

 

Por categorias, a Mercedes-Benz foi a líder de vendas no segmento semileve, com o modelo Sprinter 416, que vendeu 516 unidades no trimestre e também o segundo lugar como Sprinter 516. E ainda liderou o segmento leve com o caminhão Accelo 1016, com 909 unidades no período.

 

A Volkswagen Caminhões e Ônibus comandou a categoria de veículos médios com o modelo Delivery 11.180, com 1.447 unidades e ampla vantagem sobre o vice-líder, o Iveco Tector 11.190.

 

Mercado de caminhões

 

Volkswagen – 8.011 unidades (29,9%)

Mercedes-Benz – 7.402 unidades (27,7%)

Volvo – 5.216 unidades (19,5%)

Iveco – 2.624 unidades (9,8%)

Scania – 1.832 unidades (6,8%)

DAF – 1.344 unidades (5,0%)

JAC – 266 unidades (0,8%)

Hyundai – 54 unidades (0,2%)

Agrale – 17 unidades (0,1%)

Ford – 0 unidades (<0,1%)

 

Mercado de ônibus

 

Mercedes-Benz – 2.335 unidades (54,0%)

Marcopolo – 871 unidades (20,1%)

Volkswagen – 794 unidades (18,4%)

Volvo – 106 unidades (2,4%)

Ford – 93 unidades (2,1%)

Iveco – 91 unidades (2,1%)

Scania – 23 unidades (0,5%)

Agrale – 8 unidades (0,2%)

BYD – 2 unidades (<0,1%)

 

Caminhões mais vendidos

 

1 – Volvo FM 540, pesado, com 1.992 unidades;

2 – VW/MAN 11.180, médio, com 1.447:

3 – DAF XF, pesado, com 1.276;

4 – Volvo FM 270, semipesado, com 971;

5 – Volvo FM 460, pesado, com 951;

6 – Mercedes-Benz Accelo 1016, leve, com 909;

7 – VW/MAN Constellation 24.280, semipesado, com 737;

8 – VW/MAN Delivery 9.170, leve, com 726;

9 – Scania R450, pesado, com 659;

10 – Mercedes-Benz Actros 265, pesado, 655.

(Truck & Bus Builder América do Sul)