Segmento de motos reage em abril

AutoIndústria

 

Instalada em Manaus, AM, e afetada fortemente pelas medidas impostas pela Covid-19 e também a falta de componentes eletrônicos, a indústria de motocicletas enfrentou sérias dificuldades para abastecer o mercado nos últimos meses. Em abril, finalmente, a oferta deu um salto maior e as vendas chegaram a 94.696 unidades, com crescimento tanto no comparativo mensal como interanual.

 

A alta foi de 52% sobre as 62.286 motos emplacadas em março e de 235% em relação a abril do ano passado, quando os negócios se limitaram a 28.255 unidades, desempenho decorrente da então recém-chegada pandemia no País, que paralisou fábricas e fechou grande parte das concessionárias aqui instaladas.

 

De acordo com o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, o mercado de motos já vinha aquecido nos últimos meses, mas só em abril a indústria conseguiu recuperar produção e, com isso, atender à parte da demanda reprimida do segmento.

 

“Os problemas ainda não acabaram e persiste o desabastecimento de peças e componentes, o que vem exigindo que algumas ainda suspendam turnos de trabalho temporariamente. Mas apesar da falta de produtos, o mercado se mantém firme desde o ano passado. Vale ressaltar que desde o início da pandemia, em 2020, as motocicletas vêm se consolidando como uma alternativa de transporte individual e de trabalho”, avalia o empresário.

 

No acumulado 2021, os emplacamentos somaram 300.243 motos, um resultado que, se comparado às 275.175 unidades comercializadas em igual período de 2020, representa expansão de 9,1%. Conforme dados divulgados pela Fenabrave ontem, o crédito para o financiamento de motocicletas está favorável, com a aprovação de 4,7 propostas para cada dez enviadas aos bancos.

 

Segundo a entidade, o mês de abril de 2021 está na 10ª colocação no ranking histórico de motocicletas e, no acumulado do primeiro quadrimestre do ano, encontra na 15ª posição. (AutoIndústria)