Se for liberada, Anfavea pode coordenar compra de vacina para montadoras

AutoIndústria

 

Habituadas a vacinar seus funcionários contra a gripe anualmente, as montadoras deixaram claro, desde o início da pandemia da Covid-19, o interesse em participar do processo de vacinação contra o novo coronavírus se houvesse autorização nesse sentido.

 

O tema ganhou força esta semana com a aprovação na Câmara dos Deputados, por 317 votos a 120, do texto-base do projeto de lei que permite a compra de vacinas contra a Covid-19 por empresas que queiram vacinar seus funcionários, desde que metade das doses adquiridas seja encaminhada ao SUS, Sistema Único de Saúde. Não pode haver vacinação de familiares.

 

Ainda são vários os entraves para que o setor automotivo participe do processo de vacinação, como relata o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes: “Primeiro tem de ter a aprovação do Congresso Nacional a partir das discussões em curso atualmente. Depois tem de ter a validação da vacina a ser adquirida e também do seu preço pela Anvisa. Por fim, e não menos importante, precisa haver a vacina para compra”.

 

Moraes revelou que as montadoras já fizeram uma sondagem com relação à disponibilidade do produto e, atualmente, ninguém está vendendo: “Todos os laboratórios alegam que já estão com a produção comprometida. Só estão realizando entregas de compras realizadas previamente. Mas como já dissemos antes, temos intenção de comprar vacina e colaborar no processo de imunização se todos os entraves forem vencidos”

 

O presidente da Anfavea admite a possiblidade de a entidade coordenar uma compra conjunta das vacinas para posterior distribuição para as montadoras. O executivo também revela o aumento do absenteísmo nas fábricas de veículos por causa de infecção ou de contato de funcionários com alguém que pegou Covid.

 

“Nossos protocolos de saúde são rígidos e temos intensificado as orientações para que os funcionários mantenham o distanciamento social também nos fins de semana. O absenteísmo aumentou não só por causa de empregado contaminado, mas pelas próprias medidas de proteção que as montadoras estão adotando. Se houver um caso a gente afasta todos que estão próximo desses funcionários, o mesmo que ocorre quando a relato de casos na família”. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)