Na contramão do mercado, demanda por picapes cresce 21,5% no ano

AutoIndústria

 

Em contraste com o segmento de automóveis, que registra queda de 11,1% no acumulado do primeiro trimestre, o mercado de comerciais leves aponta expansão de 18,9% no comparativo com o mesmo período de 2020. As picapes são as grandes vedetes do momento, com crescimento de 21,5%, enquanto a alta na venda de furgões está em 4,6%.

 

No acumulado dos três primeiros meses foram emplacados 400,8 mil carros, ante os 450,9 mil de idêntico período do ano passado. Já a comercialização de picapes saltou de 69,4 mil para 84,3 mil unidades e a de furgões de 12.198 para 12.764, conforme dados divulgados esta semana pela Fenabrave.

 

A Fiat se destaca no mercado de picapes, com a Strada na liderança dos modelos pequenos e a Toro no dos médios, ambas com grande vantagem em relação aos concorrentes. O agronegócio em alta e a maior demanda por delivery são os principais impulsionadores do mercado de comerciais leves e também dos pesados, como enfatizou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, ao divulgar os dados do setor na quarta-feira,7.

 

Vale destacar nesse contexto o expressivo aumento da demanda por picapes pequenas, da ordem de 45,3%, com os emplacamentos subindo de 25,8 mil para 37,5 mil no comparativo interanual do trimestre. O lançamento da nova Strada certamente vem contribuindo para esse desempenho, pois o modelo fechou março e o trimestre como o veículo leve mais emplacado do País, superando os hatches Chevrolet Onix e Hyundai HB-20.

 

A Fiat emplacou 28.867 unidades da Strada no primeiro trimestre deste ano, com expressiva elevação de 87,4% sobre as 15.407 licenciadas no mesmo período de 2020. A procura pela Toro cresceu 14%, com 17.565 licenciamentos este ano.

 

As picapes menores, principalmente os de cabine simples, são os mais utilizados nos serviços de entrega, assim como os furgões. A venda das picapes médias cresceu 7,3% no acumulado do ano, passando de 43,6 mil para 46,8 mil unidades. Agricultores e fazendeiros têm preferência por esse tipo de produto e o bom momento no campo também favorece essas compras. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)