Setor de manutenção de máquinas agrícolas registra números positivos durante a pandemia

Portal G1/Nosso Campo-TV TEM

 

Enquanto conclui a colheita da soja, o produtor rural Luiz Gustavo Xavier aproveita para começar o plantio do milho safrinha. As produções ficam na propriedade dele em Tatuí (SP). E, para que tudo ocorra sem problemas e dentro do cronograma previsto, as máquinas agrícolas não podem parar.

 

Uma colheitadeira usada no trabalho da safra, por exemplo, custou mais de R$ 1 milhão e, há pouco tempo, teve falhas elétricas e mecânicas que pesaram no bolso. Investir na manutenção é prioridade.

 

O socorro aos produtores rurais como Luiz Gustavo vem de oficinas como a de Carlos César Lopes. Desde a pandemia, a procura pelos serviços de manutenção e venda de peças cresceu em média 20%.

 

Carlos explica que o agricultor tem se preocupado mais em fazer reformas nas máquinas antes do início dos períodos de colheita para evitar prejuízos que podem ocorrer ao ficar com máquinas paradas.

 

De acordo com a Associação Brasileira da indústria de Máquinas e Equipamentos, a alta no preço dos grãos e a nova supersafra levou o país a registrar 10% de aumento nas vendas do ano passado para cá e a procura ainda é crescente.

 

Um dos reflexos é a dificuldade do setor para atender a tantos pedidos. Faltam no mercado desde chapas de aço a parafusos para confecção das peças. No início da pandemia, houve uma pausa de 60 dias em alguns segmentos da indústria, mas o agrícola continuou investindo e retomou rapidamente as atividades.

 

A indústria de máquinas e equipamentos registrou quase R$ 13 bilhões em faturamento desde o começo do ano até agora e a previsão é passar dos R$ 21 bilhões até dezembro. O melhor período desde 2015.

 

Bom para Fabiano José Brechotte, que notou um aumento dos pedidos que chegavam de cidades próximas a Itapetininga (SP). De olho nessa demanda, ele montou uma oficina, contratou novos funcionários e já pensa em mudar para um barracão ainda maior.

 

Investir em manutenção preventiva também faz parte do planejamento de Celina Silveira Arruda. Ela conta que manter em dia a manutenção das máquinas e contar com equipes que trabalhem com rapidez nesse tipo de serviço é primordial para não parar as atividades durante essa fase intensa de colheita e plantação de nova cultura. (Portal G1/Nosso Campo-TV TEM)