Volkswagen Caminhões e Ônibus celebra 40 anos

Estradão

 

Neste mês de fevereiro, a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) comemora 40 anos de história. E contabiliza vários feitos desde a fundação, em 1981. Nesse sentido, um dos mais marcantes é a segunda posição no ranking de vendas de caminhões e ônibus no Brasil.

 

Além disso, a VWCO produziu mais de 1 milhão de veículos nos países em que atua. Ou seja, incluindo o Brasil.

 

Da mesma forma, um dos maiores sucessos de vendas no País é da VWCO. Em outras palavras, estamos falando do Constellation 24-280.

 

Desde o lançamento, há 15 anos, o semipesado vai bem. Do mesmo modo, a VWCO entrará para a história como a marca do primeiro veículo 100% elétrico feito no Brasil.

 

Enfim, trata-se do e-Delivery. O novo caminhão vai ser lançado no meio de 2021.

 

A celebração vai ser marcada por um ciclo de investimentos de R$ 2 bilhões. Logo, até 2025, quando se encerra o período desse aporte, a VWCO vai desenvolver novas tecnologias e produtos. Assim como melhorar a fábrica de Resende (RJ).

 

Volkswagen Caminhões e Ônibus começou com caminhão médio

 

Em fevereiro de 1981, a marca iniciou as atividades no País. Dessa forma, começou apresentando dois caminhões. Assim, os modelos VW 11.130 e VW 13.130 marcaram a estreia.

 

A fábrica ficava em São Bernardo do Campo (SP). Os dois modelos, do segmento de médios, eram feitos nessa planta. Ou seja, tinham peso bruto total (PBT) de 11 e 13 toneladas, respectivamente.

 

Da mesma forma, tinham cabine avançada, como era o padrão da época. O diferencial era o basculamento da cabine, derivado da carroceria da van alemã Volkswagen Transporter.

 

O projeto dos caminhões foi feito na Alemanha. Mas, tanto os protótipos quanto os testes foram desenvolvidos no Brasil.

 

Entrada nos demais segmentos

 

Da mesma forma, ambos tinham motor MWM D-229, de seis-cilindros em linha. A potências era de 130 cv a 3.000 rpm e o torque, de 36,6 mkgf a 1.600 rpm. Fornecida pela Clark, a transmissão era manual de cinco velocidades.

 

Logo a linha ganhou popularidade no segmento de médios. Isso possibilitou à marca ingressar nas demais categorias de caminhões vendidas no Brasil.

 

Enfim, atualmente a linha conta com caminhões de 3,5 a 125 toneladas de PBT. Nesse sentido, são três famílias de modelos: Delivery, Constellation e Meteor. Mas a Volkswagen também vende no Brasil o TGX, da MAN.

 

Titan Tractor virou estrela de TV e campeão de vendas

 

Um dos maiores sucessos da Volkswagen Caminhões e Ônibus no Brasil foi o Titan Tractor 18.310. Foram 15 mil unidades emplacadas. Isso desde o lançamento, em 2002, até 2007.

 

O modelo também brilhou nas telinhas de todo o Brasil. Nesse sentido, foi o caminhão brilhou na volta à TV da série Carga Pesada, da Rede Globo. A segunda temporada estreou em 2003, mais de 20 anos após a primeira.

 

No primeiro episódio, Pedro (Antonio Fagundes) aparece eufórico e emocionado gritando para o amigo Bino (Stênio Garcia): “Você comprou o Titan! Não acredito”. A produção só voltou à programação graças, justamente, ao patrocínio da Volkswagen Caminhões e Ônibus.

 

Linha era valente e tinha cabine espartana

 

O Titan 18.310 de 2002 substituiu o VW 40.300. Com motor Cummins de 310 cv de potência a 2.200 rpm e transmissão ZF de 16 velocidades, o modelo caiu no gosto dos transportadores.

 

Logo, a família Titan cresceu. Nesse sentido, vieram as versões 17.310 (4X2), 18.310 Tractor (cavalo mecânico), 23.310 (6X2) e 26.310 (6X4). Todos tinham o mesmo trem de força.

 

Da mesma forma, a cabine era espartana em todas as configurações. Ao passo que o cavalo-mecânico era a versão mais popular da linha. Sobretudo graças à tara, que era 2 mil quilos mais baixa que a da concorrência.

 

Além disso, o modelo tinha a mesma capacidade de transporte dos concorrentes. Seu Peso Bruto Total Combinado, de 41 toneladas, permitia tracionar 28 t de carga líquida.

 

Vice-presidente de vendas, mar­keting e pós-vendas da VWCO, Ricardo Alouche diz que não existiam outros caminhões com o mesmo perfil do 18.310 Titan Tractor. Ou eram mais pesados ou menores. Entre 2002 e 2005, foram vendidas 12.299 unidades do modelo.

 

Mercado promissor para a VW

 

Como resultado, naquele período a Volkswagen Caminhões e Ônibus atingiu o pico de 56% de participação de mercado. Isso no segmento de caminhões com tração 4×2 e motor de até 350 cv. Em 2002 e 2003, houve aumento de mais de 200% nas vendas do modelo.

 

Porém, a linha deixou de ser oferecida no Brasil em 2005. Mas continuou em produção até 2017 para atender mercados externos.

 

Constellation teve 260 mil vendas

 

Ao mesmo tempo, em 2005, chegou a linha Constellation. Além da nova cabine, o modelo era maior e mais moderno que o antecessor. Assim, a versão 19.320 4×2 inaugurou no Brasil a categoria de caminhões extrapesados de entrada.

 

Posteriormente, ainda no mesmo ano, estrearam os semipesados 17.250 e 24.250. Esse último, aliás foi maior sucesso de vendas da Volkswagen Caminhões e ônibus até hoje. Com a entrada em vigor do Proconve P7, em 2012, o motor de 250 cv de potência foi substituído pelo de 280 cv.

 

Mais de 80 mil unidades foram emplacadas. Isso somando as versões 24.250 e 24.280, ambas com tração 6×2, da mesma forma, com o P7 o motor do 19.320 ganhou 10 cv. O modelo foi rebatizado de 19.330 Advantech.

 

Então, a linha foi crescendo até chegar a 26 versões, com potências de 190 cv a 460 cv e Peso Bruto Total (PBT) de 14 a 74 toneladas. Como resultado, foram vendidas mais de 230 mil unidades em 21 países.

 

Dos novos pesados à eletrificação

 

Em 2020, a VWCO lançou no Brasil o Meteor, do segmento de extrapesados. O foco são clientes que atuam no setor do agronegócio. Por isso, os caminhões têm motores de 460 cv e 520 cv.

 

Além disso, oferecem mais equipamentos e itens de conforto. Sobretudo quando comparados à linha Constellation.

 

Nesse meio tempo, a Volkswagen Caminhões e Ônibus vem preparando outro importante lançamento no País: o e-Delivery. Em outras palavras, estamos falando do primeiro caminhão elétrico feito na América do Sul.

 

Envolvimento em todo o processo

 

Com isso, a marca vai dar um importante passo em direção à eletromolidade. Dessa forma, será protagonista na oferta e desenvolvimento dessa tecnologia na região.

 

Ao mesmo tempo, criou o e-Consórcio. Ou seja, a VWCO será envolvida desde a montagem do caminhão até a instalação da infraestrutura de recarga elétrica. Assim também, vai gerenciar o ciclo de vida das baterias.

 

Como resultado, o e-Delivery chega em meados de 2021. Em seguida, vai entregar 100 unidades para operação da Ambev. O contrato de fornecimento prevê a entrega de 1.600 caminhões elétricos à companhia de bebidas. Trata-se de um dos maiores negócios do tipo no mundo.

 

Ônibus da VWCO estão em mais de 30 países

 

Em síntese, o e-Consórcio lembra o Consórcio Modular. Ou seja, a montagem é feita a fábrica da VWCO por fornecedores parceiros. Assim, a capacidade de produção é de 100 mil unidades por ano.

 

Mais recente, a linha de produção de ônibus da VWCO completará 28 anos em abril. Os chassis Volksbus atendem vários tipos de operação.

 

Por exemplo: rural, urbano, fretamento, rodoviário e escolar. Além da fábrica de Resende (RJ), esses veículos são feitos na planta de Querétaro, no México.

 

A fábrica fluminense exporta para países da América Latina, África e Oriente Médio. Ou seja, atualmente os produtos da VWCO estão presentes em mais de 30 países. (Estradão)