Diário do Transporte
As companhias que operam ônibus do transporte regular em todo o País pediram formalmente ao BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social que seja prorrogada até o final do ano a suspensão do pagamento das parcelas do Finame para o financiamento das compras já realizadas de coletivos novos.
Por causa dos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a economia, o BNDES suspendeu o pagamento destas parcelas entre abril e setembro, com previsão de retomada em outubro, mas as viações ainda registram quedas expressivas na demanda de passageiros.
Depois de seis meses de pandemia, o Brasil ainda não foi capaz de controlar o avanço do novo coronavírus e nem de fomentar as atividades econômicas essenciais.
Um ofício foi encaminhado ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano, pelo presidente da NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, Otávio Vieira da Cunha Filho, com data de 21 de setembro de 2020.
A Fetpesp – Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de São Paulo também oficiou a CNT – Confederação Nacional do Transporte e a NTU para que as entidades solicitem ao BNDES a postergação do pagamento das parcelas do Finame referente à aquisição de veículos.
Em alguns sistemas de ônibus, a demanda de passageiros atualmente ainda está inferior a 50% do que era antes da Covid-19 e, na maioria das operações pelo País, não há subsídios. No início da pandemia, a demanda chegou a cair em torno de 90% em várias linhas.
Além da prorrogação até o fim do ano, as empresas de ônibus também solicitaram que as parcelas suspensas sejam pagas somente nos finais dos contratos para dar tempo de uma recuperação nas receitas. (Diário do Transporte/Adamo Bazani)