Geely quer se tornar a primeira gigante global chinesa do setor automotivo

Autoo

 

Desde que os rumores sobre a volta das operações da Geely no Brasil começaram a ganhar força no fim de 2019, tudo o que envolve a marca chinesa requer nossa atenção. Segundo essas mesmas informações de bastidores, até mesmo uma eventual produção local em conjunto com uma empresa brasileira estaria nos planos da fabricante asiática.

 

Segundo uma recente informação apurada pela Reuters, a Geely tem como uma de suas metas tornar-se a primeira gigante global chinesa do setor automotivo, portanto a expansão para mercados relevantes como é o brasileiro é uma etapa de certa forma lógica para quem tem esse desejo.

 

De acordo com a Reuters, para tornar seus produtos bem mais competitivos, a Geely vai utilizar cada vez mais toda a expertise da Volvo no desenvolvimento de automóveis. Não por acaso, em fevereiro deste ano, as empresas anunciaram a fusão de seus negócios na área automotiva.

 

A ideia da Geely, relata a agência de notícias, é utilizar a plataforma modular da Volvo criada para veículos compactos, arquitetura que atende pelo nome CMA, para colocar no mercado automóveis com uma qualidade construtiva superior. Além disso, ao compartilharem a base em comum, Geely e Volvo poderão desenvolver novos produtos de uma maneira bem mais rápida a um custo menor. A medida, com isso, pode ajudar as duas marcas a conquistarem participações de mercado cada vez maiores.

 

Segundo um executivo da Geely ouvido pela Reuters, o uso combinado da plataforma CMA permitirá à marca chinesa desenvolver um automóvel em cerca de 18 meses, prazo que atualmente está em torno de 24 a 30 meses para automóveis ainda não contemplados pela arquitetura mais avançada. A nova plataforma também vai acelerar os planos de eletrificação da montadora chinesa.

 

Empresa muito bem estruturada, atualmente o principal grupo controlador da marca Geely, no caso o Zhejiang Geely Holding Group, é responsável não só pela Geely na China, bem como detém a Volvo, é o acionista majoritário da Lotus e, desde 2018, conta com 9,7% de participação acionária na Daimler, conglomerado que administra a Mercedes-Benz.

 

Com essa reputação, o retorno da Geely ao Brasil é mais do que esperado. Vamos acompanhar de perto as movimentações da empresa em nosso país. (Autoo/César Tizo)